sexta-feira, 29 de março de 2013

Parafraseando Ivan Lins!

                     

        Desde a minha infância, tudo que faço é ouvindo o que o meu peito diz.
        É seguindo a mesma diretriz, confiando e acreditando que a vida pode ser mais feliz.
     Meu coração sempre foi igual ao meu país:
     Quando não dá certo uma mudança, eu mudo de esperança.
     Hoje, apesar de toda mágoa, ainda acho que vale a pena toda luta para ser feliz.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Nos meus tempos de menino

     Amanheci hoje lembrando como era a Sexta-Feira da Paixão nos meus tempos de menino. Santo Deus, como era diferente! Havia no ar um clima de respeito, como forma de relembrar o sofrimento de Jesus Cristo pela salvação do mundo, como diziam nossos parentes e amigos mais antigos.
     Por incrível que pareça, todas as emissoras de rádio suspendiam suas programações normais e passavam o dia inteiro tocando apenas músicas religiosas, bem como a transmissão da tradicional "Paixão de Cristo". Nas casas, cobriam-se todas as imagens de santos. Éramos aconselhados a jejuar diante da fartura de comidas, a não falar alto, não dizer palavrões, não tomar banho, não cortar as unhas, não jogar bola...
     Agora, analisando tudo isso, reconheço que havia alguns exageros. Mas era, acima de tudo, uma forma de reverenciar a importância desta data. Hoje, na Sexta-Feira da Paixão, a maioria das pessoas só pensa em viajar, ir à praia, ingerir bebidas alcoólicas até não poder mais, dentre outras excentricidades que não têm nada a ver com religiosidade.
     Tudo isso é consequência do que já vimos constatando há vários anos, ou seja, que a revolução tecnológica tornou-se eficiente para criar máquinas e proporcionar comodidade aos seres humanos, mas está sendo incompetente para manter seus espíritos em sintonia com os preceitos e ensinamentos do Filho de Deus.

     
     

segunda-feira, 25 de março de 2013

Uma perda lamentável

     Perdi hoje uma das amizades bacanas que havia conquistado no Parque Araxá.
     O professor Assis Maciel (foto) confessava-se admirador do meu trabalho como cantor desde o início da década de 1990, quando eu me apresentava nos restaurantes Belas Artes e Steak House, na avenida Bezerra de Menezes. Depois passou a ser um leitor assíduo do Jornal Parque Araxá, do qual sou editor há mais de 15 anos.
     Ele comandou por vários anos um barzinho na esquina das ruas Frei Marcelino e Bernardo Figueiredo, onde eu e Marinete costumávamos tomar umas "geladas" e degustar um saboroso Feijão Verde.
     Lecionou Matemática em vários estabelecimentos de ensino de Fortaleza e ultimamente prestava serviços no Colégio Maria Montfort, onde era muito querido pelos diretores, colegas de trabalho, alunos e pais de alunos.
     Esse, com certeza, vai ser bem acolhido no lugar reservado aos homens justos.
     Vá com Deus, professor!

Que Deus tenha piedade de todos nós...

     Quem te viu e quem te vê, hein, minha Fortaleza querida?
     A cidade outrora pacata, onde a gente podia colocar cadeiras nas calçadas e ficar conversando com os vizinhos até altas horas da noite; onde a gente podia andar a pé tranquilamente por suas ruas, praças e avenidas a qualquer hora, agora é apontada como uma das mais violentas do mundo, com média de 5 homicídios por dia.
     O mais triste nisso tudo, minha Fortaleza querida, é ver nossos governantes e autoridades ligadas à segurança pública tentando encobrir suas incompetências, transferindo responsabilidades e culpando pessoas que não têm nada a ver com o assunto.
     Que Deus tenha piedade de todos nós, que sofremos diariamente com essa guerra urbana.

sábado, 23 de março de 2013

Relembrando o Joaquim de Melo

        O Parque Araxá já possuiu um time de futebol amador que até hoje é apontado como um dos maiores colecionadores de títulos conquistados de forma memorável em praças esportivas do subúrbio de Fortaleza e cidades do interior. Estamos nos referindo à Associação Atlética Joaquim de Melo, cujo campo ficava na esquina das ruas Joaquim de Melo e Coronel Nunes de Melo, onde atualmente está instalada a empresa Comercial J. Maurício.
     O Joaquim de Melo revelou muitos craques para o futebol cearense, dentre os quais o volante Alves, que foi campeão pelo Ceará, Fortaleza e Ferroviário, brilhando também em clubes de outros estados. Tinha uma fenomenal dupla de atacantes, Zé Alber e Toinho da Horta. Outro destaque eram os irmãos Sebastião, Chico Jorge, Mardônio e Cesinha.
     O desportista José Moreira Sobrinho, mais conhecido como Zezito, durante muitos anos atuou como dirigente, treinador e relações públicas do time que gozava de muito prestígio junto à Federação Cearense de Futebol e na época era badalado na imprensa por radialistas renomados como o saudoso Paulino Rocha, Alan Neto, Daniel Campelo, Bonifácio de Almeida, Júlio Sales, Moésio Loiola, Colombo Sá, Ramon Paixão, dentre outros.
     A foto acima mostra uma das formações básicas do Joaquim de Melo:
Em pé: Ricardo, Carlinhos, Cesinha, Chico Jorge, Carlinhos da Glória e Haroldo; Agachados: Roberto, Nonato, Toinho da Horta, Zé Álber e Átila
     
(Transcrito do JPA deste mês)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Projeto Bem Fazer inaugura sede

      O Projeto Bem Fazer promoveu ontem à noite a solenidade de inauguração da sua sede provisória, localizada no Casa Nossa Show (Rua Tiradentes, 851 - Parque Araxá).
     A programação foi marcada pelas palavras do presidente Cesar Filho, que fez uma apresentação das principais ações a serem desenvolvidas pela entidade; seguida de uma palestra sobre Empreendedorismo, ministrada pelo professor Carlos Moreira Jr.
     Parabéns a todos que participaram deste momento histórico para o Parque Araxá e adjacências.

                 Professor Carlos Moreira Jr. encantou os convidados com o conteúdo da palestra sobre Empreendedorismo

quinta-feira, 21 de março de 2013

Inauguração e palestra no Projeto Bem Fazer

      Já avisamos a todos os nossos leitores e amigos que, no dia a dia, gostam de fazer o bem sem olhar a quem. Mas não custa nada renovar o convite:
      Hoje (dia 21), às 19h30m, acontece a solenidade de inauguração da sede provisória do Projeto Bem Fazer, localizada no Casa Nossa Show (Rua Tiradentes, 851), constando de apresentação das principais ações a serem desenvolvidas pela entidade com objetivo de colaborar com o crescimento sócio-cultural e econômico do Parque Araxá e adjacências; bem como uma palestra sobre Empreendedorismo, a ser ministrada pelo renomado professor Carlos Moreira Jr. Durante o evento será anunciada uma grande surpresa musical, envolvendo dois artistas do bairro. A entrada é gratuita.
      E aí, vamos conhecer o Projeto Bem Fazer?!?

terça-feira, 19 de março de 2013

Surpresa!

        Tem uma grande surpresa para ser anunciada na próxima quinta-feira (dia 21), no Casa Nossa Show, durante a solenidade de inauguração da sede provisória do Projeto Bem Fazer. O presidente da entidade, César Filho (foto), garante que a novidade tem a ver com música e envolve dois artistas do Parque Araxá. Quem estiver por lá vai ficar sabendo em primeira mão!

sábado, 16 de março de 2013

Meu livro repercutindo na Universidade da Paraíba

              Dizem por aí que viver é procurar plantar boas sementes pelo mundo para colher frutos saborosos, que possam nos encher de alegria e orgulho.
 Hoje senti mais uma vez o real sentido desta afirmativa quando fiquei sabendo que meu livro “Onde estava o arco-íris?”, lançado no ano passado pela Editora DIZ, serviu de base para o artigo intitulado “Viver ou não no armário: um olhar sobre a identidade homoerótica”, de autoria da professora Maria do Socorro Pinheiro (Doutoranda em Literatura e Interculturalidade na UEPB – Universidade Estadual da Paraíba).
 O trabalho foi apresentado na disciplina Literatura e Estudos de Gênero, no doutorado em Literatura e Interculturalidade da UEPB. E o mais interessante, para mim, é que a professora Socorro Pinheiro afirma que gostou bastante do livro e ficou surpresa com o final reservado a Lulu, protagonista principal da história.
             Quem quiser me dar o prazer de ler o referido artigo, eis abaixo, na íntegra:

VIVER OU NÃO NO ARMÁRIO: UM OLHAR SOBRE A IDENTIDADE HOMOERÓTICA
                         Maria do Socorro Pinheiro 
                                    (Doutoranda em Literatura e Interculturalidade - UEPB)

“Bastinho quis sair daquele impasse, tomou a iniciativa, abraçou o apenado nos fortes braços que tinham sido construídos naquela detenção. Tão fortes os bíceps. Tão cheiro de homem naquela pele suada e com cheiro de testosterona. Sentiu que àquele abraço o sexo do comparsa havia respondido com leves reações genitais. Ele estava aceso. Ele estava pronto. Os dois podiam copular. Alan abraçou o homem, tirando-lhe vagarosamente a roupa que queria lançada ao chão para poder se colocar todo peso sobre o corpo de quem agora desejava. Abriram-se em espinhos, rasgaram-se sem sangue algum, fecharam-se em copas e prolongaram-se beijos por longos tempos. Depois dali, sabiam, o pacto havia sido reiterado, jamais iriam separar-se novamente” (PÁDUA, 2012, p. 123).
É com esse trecho do escritor Antonio de Pádua que nos sentimos estimulada a adentrar nas discussões em torno do homoerotismo, que tem ganhado espaço tanto na academia quanto fora dela. Há uma importância relevante nesses estudos, chamando atenção para questões ligadas à sexualidade, à identidade, às inclinações, às afetividades, de tal modo que encontramos textos literários com narrativas que abordam essencialmente temáticas sobre esse assunto. Textos literários que enfocam experiências entre sujeitos inclinados ao mesmo sexo, colocando em pauta temas do cotidiano, histórias de gays e lésbicas cujo enredo aponta para os desejos, as escolhas, o sexo.
Nossa proposta de trabalho é sobre a obra do escritor cearense Juracy Mendonça, “Onde estava o arco-íris?”, publicado em 2011. A obra em estudo conta a história de Lulu e sua trajetória na capital cearense. Um gay com dificuldades de assumir sua sexualidade, escondendo-a praticamente de todos de seu convívio; a trama traz discussões em relação à identidade, a questão de se assumir como sujeito de seus desejos e de suas escolhas, tendo em vista as consequências das opções assumidas. Quais seriam as dificuldades centrais da personagem Lulu para viver livremente sua sexualidade?  Sair do armário lhe traria que tipo de repercussão? Como ele conseguiu lidar com seus impulsos homoafetivos?
Nosso trabalho se encaminha nessa linha interpretativa, estabelecendo um diálogo com os estudos sobre homoerotismo numa dimensão dialética, num jogo demasiadamente assinalado de poderes, tendo o sexo como o elemento desencadeador no processo de afirmação das identidades. Tal questão focaliza os sujeitos homoeróticos, visando uma discussão que possa delinear seu lugar de convivência e de socialização.  Seria o sexo a marca da identidade humana? Qual é a identidade de um homem e de uma mulher? Poderíamos pensar no homoerotismo como uma identidade específica? Discutiremos a identidade a partir dos estudos de Elisabeth Badinter (1993) e adotaremos num sentido dialógico “A epistemologia do armário” (1993), de Eve Kosofsky Sedgwick, ao texto que nos propomos à análise. 
Identidade gay
“Eu sinto atração é por rapazes. Tem um lá no colégio... Ai, meu Deus! É uma perdição! Mas, peraí, prima, o chato do meu pai não pode nem sonhar com isso” (MENDONÇA 2012, p. 13).
Da palavra nasceu o Homem e da árvore da vida o conhecimento e deste o sexo. Do conhecimento sexual nasceram diferentes realidades com amplos significados, códigos e símbolos. A depender de seu sexo (seguindo a lógica binária) se instalam os modelos de comportamento e os direcionamentos a seguir. A sexualidade vai sendo construída, com faces diferentes, uma pluralidade de frutos que se configuram a partir de excitações, atividades, preferências sexuais, advindas do desejo que podem ocorrer surpreendentemente pelo mesmo sexo ou não, “ela (a sexualidade) é polimorfa, polivalente, ultrapassa a necessidade fisiológica e tem a ver com a simbolização do desejo” (CHAUÍ, 1991, p. 15).
Lulu era uma criança com costumes diferentes para um garoto de sua época. Nasceu com o sexo masculino, “mas seu íntimo martelava-o com intuições femininas, principalmente quando imaginava ser uma bela mulher, como a mãe” (p. 12). O menino se descobre diferente, não tem o perfil que a sociedade culturalmente constrói para a virilidade do homem. Seus pontos de referência são outros, passam distantes de qualquer tipo de determinação e modelos sociais. Por conta disso, havia muitos obstáculos a enfrentar, sua sexualidade não se definia, ficava às escondidas, vivendo em meio às turbulências da família. Seus pais eram ausentes, pouco lhe davam atenção e o menino ficava aos cuidados da babá Elisa. Ele se entendia bem com mãe e detestava o pai, “com o passar dos anos foi agasalhando rancores e tornava-se cada vez mais revoltado, principalmente quando atentou ser Luís o responsável direto por sua carência de cuidados maternos” (p. 10).
Um de seus maiores enfrentamentos foi a falta de amor do pai, pois nunca demonstrou cuidados com o filho, sempre violência, grosseria, indiferença, “Lulu, encarando aquele homem segurando um cinturão para lhe bater, obteve a certeza de irreversível o ódio provido desde a infância pela parte paterna” (p. 33). Lulu conviveu com as agressões do pai, que não fazia questão de ocultar seu descontentamento ao filho. No âmbito familiar, as situações conflituosas foram se tornando frequentes na vida daquele menino, que passou a administrar sentimentos confusos vindos do meio em que vivia e da sua própria natureza. O universo materno foi razoavelmente tranquilo, dona Judite reparou a tempo a vida do filho, “na realidade, a mulher continuava tentando caprichar na educação do filho, acompanhando os estudos e as diversas atividades por ele exercitadas” (p. 27).
Segundo Elisabeth Badinter (1993) a simbiose que se estabelece entre mãe e filho varia de duração de uma época para outra e de uma cultura para outra, “quanto mais longa, íntima e proporcionadora de prazer mútuo, maior será a probabilidade de que o menino se torne feminino” (p. 50). Algo que não procedeu com Lulu, porque não recebeu (nem de um nem do outro) o acentuado afeto que pudesse despertar sua libido para o mesmo sexo. Se for possível pensar em teorias do amor materno que possam influenciar nas inclinações do filho, com Lulu ocorreu o inverso, a falta de amor de seus genitores. Fatores que determinem a dinâmica do desejo pelo mesmo sexo, em Lulu particularmente, devem ser buscados alhures.
A sociedade cria modelos diferentes de comportamento e enquadra a criança dentro deles (divisão também hetero/homo de pessoas). Para os meninos brincadeiras violentas, esportes; para as meninas bonecas, leituras, conversas com amigas, “nós lhe ensinamos pelo gesto, pela escolha dos brinquedos e das roupas a que sexo pertence. Mas só se tem verdadeiramente consciência da influência deste fenômeno de aprendizado quando o sexo da criança se torna problemático” (BADINTER, 1993, p. 41). Lulu não tinha aptidão para brincadeiras de meninos, preferia brincar de boneca, assumindo sempre o papel de mãe das bonecas ao lado de sua prima Natália; gostava de música e poesia; nas festas escolares recitava versos de sua autoria e cantava canções de artistas de sua preferência. A identidade de Lulu se constitui em meio aos conflitos de toda ordem. Como afirmar sua identidade, se o individuo ainda não sabe o que ele é, olha para os modelos existentes e não se enquadra neles?
Lulu estava fortemente inclinado para o mesmo sexo, mas não sabia ao certo como lidar com essa novidade. Não tinha certeza de sua homossexualidade. Dúvidas em torno de suas escolhas afetivo-sexuais assombravam suas ideias, “queria verificar se não estava equivocado na homossexualidade. Talvez houvesse se precipitado ao buscar aquele caminho inicial sem experimentar um amor feminino, capaz de repelir tantos pensamentos enleados em sua mente” (p. 45). Mesmo tendo desejos por rapazes, Lulu fez algumas tentativas com mulheres (situações não programadas por ele), colocando em prova seu comportamento, como na noite em que foi levado para a casa das prostituas, que ansiavam sacanagem com o jovem rapaz. Lulu ainda não havia pensado em transar com mulheres, agora tinha duas a sua frente, “ficou estático, abobalhado e, ao mesmo tempo eufórico, tentando antever como seria aquele resto de noite. Intimamente, dava-se ao luxo de escolher com qual das duas transaria primeiro” (p. 53). As prostitutas Zenaide e Teresa prepararam Lulu a um ambiente de orgia e com frases obcenas, “com esse jeitinho sonso, esse menino deve fazer qualquer puta gozar sem parar” (p. 53) estimulavam seu imaginário sexual, deixando-o excitado pela presença das duas, “Zenaide é gostosa e cheirosa, mas Teresa é mais bonita, mais delicada, sem falar nas coxas, refletia, quando elas retornaram à sala trajando camisolas transparentes, excitando-o a uma volúpia quase incontrolável” (p.54). O que seria uma experiência duplamente prazerosa tornou-se frustrada ou talvez aliviada pela chegada da mãe.
Alguma coisa diferente havia em Lulu, não era seu jeito de andar, de falar, vestimentas, muito mais que isso, era seu íntimo que direcionava suas aptidões. Começou a frequentar redutos homossexuais, baladas movimentadas, incursões pelos lugares festivos e alegres de Fortaleza. Ele queria entender suas preferências, experimentar novas situações, descobrir seus sentimentos. Ao lado de colegas e amigos, Lulu assumia ‘personas’ que fossem convenientes com seus relacionamentos sociais, mas sempre muito comedido, não se dando muito às influências.
“ele amoldou-se ao local, sendo apresentado, de vez em quando, a distintos homossexuais masculinos e femininos. Em suas considerações havia a conscientização de ter uma melhor sorte caso integrasse aquele círculo. Mas, ao contrário, lutava para não enveredar pela via mais fácil. “Se tiver de acontecer, deve ser ao meu modo, sem cair na gandaia”, dizia para si” (p. 61).
Lulu era um gay discreto, comportado, não gostava de alvoroço. Sempre que refletia sobre sua situação homoerótica, focalizava suas ideias em que tipo de comportamento assumir, “para ele, o mais importante era não ser aquele tipo popularmente depravado, alvo de piadas sem graça e denominações depreciativas como bicha, viado, gay...” (p. 58). Era pacífico, fugia de escândalos e encrencas, disfarçava um ar de seriedade e conhecimento, tentando a todo custo falsear sua ingenuidade em práticas homossexuais. Tinha ímpetos lascivos, mas agia em surdina, sub-repticiamente, analisando a presa e o momento do bote. Em outras circunstâncias, exibia larga experiência entre as mulheres.
A identidade de Lulu era vacilante, fluida, de caracterização temporária. O relacionamento com os amigos lhe ajudava nas afirmações de suas escolhas e na construção de sua identidade, que ainda permanecia mascarada. Como Lulu conseguiria sua liberdade, se ele mesmo não se assumia como gay, não se entendia com seus instintos sexuais? Que posicionamento tomar? O que fazer com seus desejos e até quando adiar sua primeira relação? Situações dilemáticas povoavam os sentidos de Lulu. Segundo Miguel Vale de Almeida (2012, p. 94), “a homossexualidade não é um mero aspecto privado do indivíduo, relevante apenas para amigos e colegas. Em vez disso, é uma identidade potencialmente transformativa que deve ser mostrada publicamente até deixar de ser um segredo vergonhoso, mas sim um modo legítimo de estar no mundo”.
O desejo reside em Lulu, é a sua forma de existir e de estar no mundo. Todo seu corpo reclama o contato de outro corpo erotizado, masculinizado, com cheiro de testosterona. Uma chama acesa que aguarda o instante certo de transmitir calor, amor, gozo. Entraves de vários tipos eram criados por Lulu, pois sentia medo de assumir sua sexualidade. Nas experiências com mulheres, ele não conseguia ereção, era uma realidade estranha, nauseante, que ele mesmo não procurava realizar. Numa das poucas vezes em que se viu ao lado de uma mulher seu sofrimento foi aterrorizador, a gaúcha “fez sua língua passear pelo corpo do rapaz. Deu algumas voltas e, finalmente, chegou onde queria: o pênis. Ele exprimiu uma espécie de gemido ante o contato daquela boca abrasadora. Porém, não conseguiu a ereção” (p. 80).  Nas experiências com homens, surgiam novas frustrações, não conseguia se revelar. Ser gay ou não era uma questão que o perseguia, refletia diretamente na sua identidade. 
SAIR OU NÃO DO ARMÁRIO
Ficar no armário ou sair dele? E as consequências da exposição? E os conflitos por ficar enclausurado? Como lidar com esses dilemas? Às vezes é mais fácil viver sob o véu de mentiras e disfarces do que assumir comportamentos e sentimentos que não estão claramente configurados e, que são geradores de confrontos e indeterminações no campo afetivo. O homem vive sob o império do desejo, segue seu comando, atiça os ímpetos, escolhe as vias de acesso e atrai fantasias. O percurso não é feito em linha reta, seria demasiadamente insípido. Ele prefere as encruzilhadas, com seus mistérios e esconderijos. Nesse plano do esconder, algumas pessoas tendem a ficar a fim de mascarar suas inclinações sexuais. 
“O armário gay não é uma característica apenas das vidas de pessoas gays. Mas, para muitas delas, ainda é a característica fundamental da vida social, e há poucas pessoas gays, por mais corajosas e sinceras que sejam de hábito, por mais afortunadas pelo apoio de suas comunidades imediatas, em cujas vidas o armário não seja ainda uma presença formadora” (SEDGWICK, 1993, p. 22).
Lulu tinha medo de sair do armário, enfrentar as consequências de suas escolhas, os olhares da família, dos amigos e da mãe. Ficar no armário era uma opção prudente, a saída precisaria de espera, momento certo, avaliar o segredo ou a exposição. Pensamento vacilante que o levava ora para um lugar ora para outro, mas no seu íntimo sabia de suas tendências homossexuais, embora fizesse questão de escondê-las. A insegurança e o acanhamento impediam na realização de seus projetos. 
“sabia da reação desfavorável de seus pais se descobrissem ter um filho “mariquinha” (designação da época para homens afeminados), mas antevia ser este o campo onde se realizaria amorosamente. Por isso, perseverava na hesitação cruel: liberar o fluxo dos desejos correntes em seu âmago; ou escondê-los, para seguir a tradição heterossexual da sua família” (p. 17).   
Ele não teve muitas paixões, o suficiente para perceber “o campo onde se realizaria amorosamente”. A primeira delas por Michel, decidindo que seria com ele sua primeira aventura homossexual. Arquitetou laboriosamente um plano para ficar a sós com o rapaz e esperou a hora para sugar o veneno daquele noviço tão ansioso ao sexo. Sua tentativa foi frustrante, o rapaz não correspondeu aos apelos eróticos de Lulu, ofendendo-o com frases grosseiras e empurrões. 
“- raciocinou e seguiu até o compartimento, onde abriu a porta e percebeu Michel deitado na cama, entregue a um sono profundo. Entrou e ficou admirando o semblante sonolento, concentrando atenção no corpo tão cobiçado por ele e agora tão próximo, coberto apenas por uma cueca. Não resistiu à tentação e acariciou os cabelos, passando depois ao rosto, barriga, pernas, entusiasmando-se com a inércia do rapaz diante dos toques. Posteriormente, foi ao objetivo principal: lentamente, apoderou-se do órgão sexual, o qual começou a crescer diante de um constante alisamento...” (2102, p. 22-23).
Essa cena Lulu nunca esqueceu, o toque em seu corpo, entusiasmando mais ainda a tentação, a vontade de tê-lo em seus braços. Foi seu primeiro amor, um desejo aflorado, indomado, “essa paixão eu vou levar para o túmulo, mas não o procuro mais” (p. 70). Outras atrações surgiram, por Fabiano, professor de música, por Tony, violonista, “Lulu tirou proveito das fortes ondas e, submergindo por baixo de Tony, tomou nas mãos o membro sexual escondido na minúscula tanga, soltando-o segundo depois sem se importar com a reação do violonista” (p. 64). Sentiu um novo amor por Juciê, alimentou fantasias, cenas eróticas que despertaram seu imaginário, mas nada conseguiu com ele, “aos 27 anos de idade, Lulu era um rapaz envolvido com diversas atividades, mas sentia-se infeliz porque ainda não havia concretizado seu lascivo apetite” (p. 90).  Até quando iria ficar vivendo de encenações? Por que tanto medo de assumir sua homossexualidade?
Segundo Sedgwick (1993, p. 22), “a epistemologia do armário deu uma consistência abrangente à cultura e à identidade gays, ao longo do século XX, não significa negar que possibilidades cruciais em torno e fora do armário passaram por mudanças importantes para as pessoas gays”. O armário é um refúgio aparentemente apropriado para aqueles que temem o encontro com seu próprio eu e com o outro, “em conversas prolongadas não deixava transparecer seu forte lado feminino” (p. 58). Mas o armário não significa proteção, pois a todo o momento (nas circunstâncias menos esperadas) a porta se abre, rompendo o silenciamento e introduzindo as multidões (que nem são tanto assim) a espaço aberto. A saída dele pode garantir a liberdade, compromisso com seus ideais, unidade de sentimentos e ações. É o enfrentamento das muitas faces que se lançam no aqui e no agora para assumir-se perante o mundo seus gostos, suas preferências, sem equívocos e ambivalências.
A imagem do armário é uma situação conflituosa, dramática, “mais cedo ou mais tarde, tu serás forçado a sair de cima do muro, ou de “dentro do armário”, como se diz por aí” (p. 85).  Evidentemente que aspectos ideológicos e sociais em ficar dentro ou fora do armário vêm à tona, provocando reações diferentes e ao mesmo tempo o desenvolvimento da cultura gay, que só acontece efetivamente se o armário for esvaziado, destruído. Sedgwick (1993) fala do potencial transformador que “a saída do armário” provoca - uma mudança significativa nos papeis que tende a levar o sujeito à salvação.  Lulu saiu do armário, revelou seu segredo, homossexual “trintão virgem” quando saiu de sua cidade e do meio de sua família para trabalhar em São Paulo. 
“os contatos com um povo de mentalidade mais aberta e a distância de sua mãe lhe abriram novos horizontes. Lulu encontrou espaço para libertar sua homossexualidade, recuperando, assim, o tempo perdido, porque por lá não enxergou mesquinharia de todo mundo querer saber se fulano era bicha; se sicrano era vagabundo; se beltrano passava fome etc.” (p. 97).
Lulu teve liberdade para ser gay e ficar à vontade com suas fantasias.  De acordo com Sedgwick (1993), “a saída do armário pode trazer a revelação de um desconhecimento poderoso como um ato de desconhecer, não como o vácuo ou o vazio que ele finge ser, mas como um espaço epistemológico pesado, ocupado e consequente” (p. 35). A visibilidade torna-se o ponto de partida para outra mentalidade (com outras cores, o colorido do arco-íris), nascente de lutas e escolhas e enraizada num processo político de atos praticados não isoladamente. Lulu conheceu Fernando, colega de trabalho, com quem começou um envolvimento, “o cara queria Lulu; e Lulu queria o cara” (p. 98), que foi melhorar na cama, “os dois começaram a “trocar figurinhas” e em seis meses já estavam morando juntos, cada vez mais alegres em habitar um mundo só deles, sem interferência de ninguém” (p. 98).
A homossexualidade num espaço de possibilidades e de abertura de segredos é indicativa da saída do armário. O desconhecido mundo habitado agora na visibilidade dos atos e das expectativas que a identidade gay revalada permite. Essa postura adentra o âmbito das linguagens permitindo buscas, encontros, conhecimento, transformação, “esses últimos 10 anos valeram por toda a minha vida. Meu cabaço voou para bem longe” (p. 99). A liberação do armário promoveu a vontade de dizer o que sentia naturalmente, sem pensar na confusão ou na desorientação, como assegura Sedgwick (1993), que estão na base da mudança.
A simbologia do armário representa o espaço-tempo dos segredos, trancafiados, impedidos de exposição. Esse móvel traz a imagem do ventre da mãe, aspecto positivo de refúgio e aconchego (por um tempo determinado), como também lembra a sepultura, repositório da morte, jazigo dos sonhos. Viver no armário é esconder sua verdadeira face, é escolher o fingimento, é ficar na sepultura e não no ventre materno, adotando sempre mecanismos para trapacear a si mesmo e o outro, “Lulu, também com umas e outras no cérebro, mentiu descaradamente: - Já transei com várias mulheres, mas nunca tive a sorte de pegar uma insaciável. Quem sabe, um dia...” (p. 78).
Lulu saiu do armário e voltou a ele várias vezes. Não sabia viver com sua liberdade, sua autorrevelação; sentia falta de sua mãe, dos olhares críticos das pessoas que suspeitavam de seu homossexualismo. Ele volta para o armário, sua sepultura psíquica, na dependência dos limites.
“sempre fui assim, meio esquisito. Vê se dá pra entender: como a situação estava ficando cada vez melhor, comecei a me ver perdido no mundo, sem ter quem limitasse minhas atitudes... [...] Pode parecer incrível, mas passei a sentir falta da vigilância, dos cuidados de dona Judite. Fiquei necessitado até mesmo daquela obsessão dos nossos vizinhos em saber se eu era bicha ou não” (p. 99).
Não era fácil para Lulu evidenciar sua identidade gay e se acostumar com ela, expondo sua imagem a todo tipo de julgamento e esperando confiantemente ser aceito. Complicações surgiam nos enfrentamentos consigo mesmo e com o outro. Não há como controlar as reações de quem sabe ou se surpreende ao saber sobre alguém ser homossexual.
“em muitas relações, senão na maioria delas, assumir-se é uma questão de intuições ou convicções que se cristalizam, que já estavam no ar por algum tempo e que já tinham estabelecido seus circuitos de força de silencioso desprezo, de silenciosa chantagem, de silencioso deslumbramento, de silenciosa cumplicidade” (SEDGWICK, 1993, p. 38).
As idas e vindas ao armário podem sugerir fragilidade ou mesmo comodidade. Avaliar a natureza das circunstâncias, se a exposição vale a pena, se os prejuízos são passíveis de reversão; aspectos notadamente estratégicos para garantir sua integridade e sua autoafirmação, “viver no armário, e então sair dele, nunca são questões puramente herméticas. As geografias pessoais e políticas são, antes, as mais imponderáveis e convulsivas do segredo aberto” (SEDGWICK, 1993, p. 39). Lulu tem uma geografia pessoal diferente dos outros gays, resolve casar para agradar a mãe, “cometeu, talvez, o maior erro da sua vida: no desespero, e sempre buscando um caminho certo em meio à escuridão, casou-se com Luciene, a ex-namorada dos tempos de quarteto” (p. 102). O que teria de interessante nisso? Constituir uma família, ter uma filha e “comprovar sua inutilidade como marido de uma mulher” (p. 102).
Lulu chega aos sessenta anos na companhia apenas da filha, sem relacionamentos afetivos nem com homem nem mulher. Sua relação com o armário nunca se acabou, a porta estava sempre aberta, uma extensão do seu próprio eu onde eram tecidas suas fantasias, “assumir-se não acaba com a relação de ninguém com o armário, inclusive, de maneira turbulenta, com o armário do outro” (SEDGWICK, 1993, p. 40). Certamente era a turbulência que Lulu evitava.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se a saída do armário significa liberdade e vontade de consolidar sua identidade gay, isso não refletiria diretamente numa tomada de posição política da categoria de pessoas (o homossexual no caso) que luta pelos seus direitos e pela valorização de sua cultura? Tal decisão ocasiona mudança de mentalidade em quem está no armário e em quem suspeita da sexualidade. O armário como processo ideológico acaba atingindo a todos que estão inseridos nessa realidade.
O desejo pelo mesmo sexo, numa sociedade que se organiza dentro de uma ótica binária, tem um teor de complexidade em torno das definições de identidades sejam quais forem suas práticas. Lulu sente atração por rapazes, mas enfrenta problemas de afirmação e procura entender melhor suas confusões sentimentais. Indagado por uma colega sobre qual estágio estaria, “ela quer saber se você já transou, se tem apenas vontade ou se luta contra isso – explicou Magno” (p.37), assim pensando se o estágio já definiria a homossexualidade ou se concretizaria apenas com a atividade genital.
Seja como for, vemos a identidade gay como um grande projeto cuja execução acontece por meio de atitudes (mesmo que sejam isoladamente) de indivíduos que assumem comportamentos coerentes com suas convicções ideológicas e defendem suas opções sexuais como um detalhe entre tantos que constituem a natureza humana. A homossexualidade não compromete em nada a capacidade intelectiva de quem assim se define. A prática sexual gay coloca em evidência um grupo de pessoas (denominada minoria) cuja identidade está em construção como as demais. Particularizar as identidades às preferências sexuais é reduzir a natureza humana a normalizações dentro de uma logística que reforça os preconceitos e as dominações, pondo efetivamente o eu em desequilíbrio psíquico.
A prisão no armário, espaço epistemológico, pesado, escuro, fechado se contrapondo ao colorido do arco-íris, com suas cores evidenciadoras de luz, a céu aberto, visível aos olhos de todos, a simbolizar a liberdade, a possibilidade do encontro. Lulu habitava as fronteiras, vivia na escuridão e na luz, no enclausuramento e na liberdade, nos desencontros e nas buscas das cores (amores) do arco-íris.  
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, Miguel Vale de. Teoria queer e a contestação da categoria “gênero”. In CASCAIS, Antonio Fernando (org.). Indisciplinar a teoria – estudos gays, lésbicos e queer. Lisboa: Fenda Edições, 2004.
BADINTER, Elisabeth. XY: sobre a identidade masculina. Tradução Maria Ignez Duque Estrada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. 
CHAUÍ, Marilena. Repressão sexual: essa nossa (des)conhecida. 12ª ed. São Paulo: editora brasiliense, 1991.  
FOUCAULT, Michel. Historia da Sexualidade I: A vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
MENDONÇA, Juracy. Onde estava o arco-íris? Fortaleza: DIZ Editoração e Produção de Eventos Culturais Ltda, 2011.
PÁDUA, Antonio de. Tal Brazil, queer romance: romance da (s) história (s) dos afetos ou história (s) do (s) romance (s) dos afetos. São Paulo: Scortecci, 2012.
SEDGWICK, Eve Kosofsky. A epistemologia do armário. In: ABELOVE, Henry et alli. The lesbian and gay studies reader. New York/London, Routledge, 1993:45-61. Tradução: Plínio Dentzien; Revisão: Richard Miskolci e Júlio Assis Simões].
TOMAZ Tadeu SILVA (organizador). Identidade e diferença – a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Projeto Bem Fazer convida para inauguração da sua sede

Você, prezado(a) leitor(a), quer participar de uma entidade sem fins lucrativos, sem conotação político-partidária, cujo objetivo principal é desenvolver ações que venham a colaborar com o crescimento sócio-cultural e econômico do Parque Araxá e adjacências? 
Então você está sendo convidado(a) para prestigiar a inauguração da sede provisória do Projeto Bem Fazer, a ser realizada no dia 21 de março (quinta-feira), às 19h30m. O evento é aberto ao público e terá como destaque uma palestra sobre empreendedorismo, a ser ministrada pelo renomado professor Carlos Moreira Jr. 
A sede provisória está localizada nas dependências do Casa Nossa Show, na Rua Tiradentes, 851 – Parque Araxá. Mais informações sobre o Projeto Bem Fazer podem ser obtidas pelo fone (85) 9714.9417, falar com César Filho (presidente).

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vai comendo, doutor!


            Essa é muito boa, e inédita para mim. Por isso, resolvi compartilhar com quem gosta de humor inteligente.
         Aconteceu durante um julgamento em São Paulo. O advogado de defesa de um homem acusado de assassinato travou o seguinte diálogo com um delegado de polícia que estava depondo como testemunha de acusação:
         - Delegado, o senhor viu o meu cliente praticar esse crime?
- Não, doutor. Eu o vi a algumas quadras do local do crime e o prendi como suspeito, pois ele se trajava conforme a descrição dada do criminoso.
- E quem forneceu a descrição?
- O policial que chegou primeiro ao local do crime.
- E o senhor confia cegamente nos seus colegas policiais?
- Sim.
- Na sua delegacia tem vestiário onde vocês trocam de roupa antes de sair para o trabalho?
- Tem, sim.
- E vocês trancam a porta do vestiário com chave?
- Sim, senhor.
- Se confia tanto nos seus colegas de trabalho, por qual motivo o senhor tem que trancar o vestiário?
         - É que nós dividimos o prédio da delegacia com o Tribunal de Justiça e por lá passam muitos advogados!
        O JULGAMENTO TEVE QUE SER SUSPENSO POR CAUSA DA GARGALHADA GERAL DA PLATEIA, QUE CONTOU INCLUSIVE COM A PARTICIPAÇÃO DO JUIZ.

terça-feira, 12 de março de 2013

Absurdo numa esquina do Parque Araxá

      Hoje pela manhã, quando estávamos caminhando pelas ruas do Parque Araxá, distribuindo exemplares do JPA para anunciantes e assinantes, fomos parados por alguns moradores que pediram para o jornal denunciar um fato estarrecedor na rua Capistrano, na esquina do beco conhecido como "Gavetão", onde algumas pessoas colocam diariamente lixo, entulho, galhos de árvores e até animais mortos. Aproveitamos para gravar um vídeo de como o local estava quando passamos por lá, com a promessa de fazer uma matéria mais extensa para colocar na próxima edição do JPA. É, realmente, uma vergonha. 
     Confiram no link extraído da nossa fanpage:
     https://www.facebook.com/photo.php?v=618073891542455&set=vb.470552282961284&type=2&theater
  

JPA de março circulando...


     Atenção, anunciantes, assinantes e demais leitores do JPA...
Preparem-se, porque a partir desta terça-feira (dia 12) os 5 mil exemplares da edição de março começam a circular pelas empresas, residências, praças, ruas e avenidas do Parque Araxá, Parquelândia, Rodolfo Teófilo e adjacências!
     (Transcrito do portal www.jornalparquearaxa.com)

domingo, 10 de março de 2013

JPA de março no portal

     A edição de março do JPA já pode ser conferida na íntegra, como se você estivesse folheando a versão impressa.
     Basta acessar o portal: www.jornalparquearaxa.com
     Boa leitura!

sábado, 9 de março de 2013

Seja assinante do JPA e ganhe um livro do Zé da Diva

     Sabia, caro(a) amigo(a), que você também pode receber os exemplares do JPA – JORNAL PARQUE ARAXÁ todos os meses em sua residência ou local de trabalho, em qualquer bairro, cidade, estado ou país? Que, sendo nosso assinante, você tem prioridade para sugerir e/ou publicar matérias e a gente ainda registra o seu aniversário e dos parentes e amigos que você indicar?
     Pois é, para ter todas essas regalias, você contribui com apenas R$ 25,00 por ano - R$ 30,00 para entrega fora da área de circulação do jornal. E você ainda ganha de brinde um exemplar do li­vro “As presepadas de Zé da Diva”, contendo as piadas já publicadas no JPA.  
     Ligue agora mesmo para os fones (85) 3243.4779, 8734.5573 ou 9954.1017 e seja assinante do jornal do seu bairro!

sexta-feira, 8 de março de 2013

PARABÉNS, COMPANHEIRAS!

                         8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER
     Hoje é um dia especial para a gente cumprimentar todas as mulheres do mundo, especialmente aquelas que, de uma maneira ou de outra, no dia a dia, contribuem para a construção do mundo mais justo e humano que tanto almejamos.
     Assim, externo parabéns às três mulheres mais importantes da vida, no caso Madalena (mãe), Marinete (esposa) e Thaís (filha), extensivo a todos os seres femininos que, com sua sabedoria e delicadeza, tornam a vida mais bonita!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Video sobre a pracinha da Jovita

     O JPA, pouco a pouco, está dando forma a uma das iniciativas a serem implementadas pelo Projeto Bem Fazer, que consiste em gravar videos e colocar nas redes sociais mostrando moradores e lugares do Parque Araxá e bairros vizinhos.
     Hoje, por exemplo, estamos exibindo a situação da pracinha Ari de Sá Cavalcante, onde circula a informação de que a SER III pretende fazer uma reforma e retirar de lá todos os quiosques, barracas e até as bancas de revistas.
     Confiram:

    https://www.facebook.com/photo.php?v=583900524956295&set=vb.100000090593509&type=2&theater

Presepadas inéditas do Zé da Diva

     DIRIGINDO O ÔNIBUS
     Zé da Diva estava em sua residência, no Parque Araxá, conversando com o amigo Chico Cotoco sobre as presepadas que fizeram no Carnaval. Em dado momento, ele disse:
     - Rapaz, na segunda-feira do Carnaval eu peguei meu fusca e saí pela cidade, tomando umas e outras. Quando fui voltar pra casa, notei que estava embriagado e me lembrei da nova Lei Seca, que não deixa a gente beber nem água direito. Aí resolvi deixar o carro na casa de um amigo, lá no Maracanaú, e peguei um ônibus. Cheguei em casa são e salvo, graças a Deus!
     Chico Cotoco falou:
     - Ainda bem, não é, cara?
     E Zé da Diva:
     - É, Chico. E fiquei muito orgulhoso, pois foi a primeira vez na vida que dirigi um ônibus!

     ZÉ DO VENTO
     Zé da Diva tem um irmão, também chamado José, que mora em Aracoiaba, no interior do Ceará. Anos atrás ele ficava fulo da vida quando alguém o chamava de Zé do Vento. Ganhou esse apelido porque, recém-casado, sua esposa engravidou e somente na hora do parto descobriu-se que a gravidez era psicológica. Chegou até a matar algumas pessoas por causa disso.
     Certo dia o pároco local o chamou no confessionário e disse:
     - Ouvi dizer que você já matou várias pessoas só porque lhe chamam de Zé do Vento. Faça isso não, meu filho. Você está pecando diante de Deus.
     E ele:
     - Tudo bem, seu padre. A partir de hoje não vou mais ligar para isso.
     Assim que ele saiu da igreja, o padre ouviu uns tiros lá fora. Quando olhou, era Zé do Vento que acabara de atirar num sujeito. Aí o religioso falou:
     - Mas, Zé, você acabou de prometer diante de Deus que não ia mais fazer isso...
     Resposta de Zé:
     - Seu padre, uma pessoa me chamar de Zé do Vento até que eu aceito. Mas pedir meu pinto emprestado para encher pneu de bicicleta, num aceito não.
     

     (Presepadas do Zé da Diva publicadas na edição deste mês do JPA)

terça-feira, 5 de março de 2013

Lagoa do Porangabussu em video

     Juracy Mendonça, editor do JPA, fez hoje um video de 2m15m mostrando o belo visual da lagoa do Porangabussu, que fica na confluência dos bairros Parque Araxá e Rodolfo Teófilo.
     Desculpem o barulho, causado pelo vento; e a tremedeira, causada pelo medo de aparecer algum "dono" da câmera.
      Vale a pena dar uma olhada!                        
      https://www.facebook.com/photo.php?v=583526548327026&%3Bset=vb.100000090593509&type=2&theater
             
      (Transcrito do portal www.jornalparquearaxa.com)

segunda-feira, 4 de março de 2013

Agenciando shows de bandas de vários estilos musicais

     Fortaleza acaba de ganhar um escritório especializado no agenciamento de shows de bandas de vários estilos musicais para festas de casamentos, aniversários, formaturas e confraternizações em geral. Trata-se do Via Shows, que tem à frente o editor do JPA, Juracy Mendonça.
     O Via Shows está nascendo com objetivo de facilitar o trabalho de pessoas que pretendem realizar eventos em buffets, empresas, colégios, igrejas, sítios, casas de praia, dentre outros espaços, e sentem dificuldades para encontrar bandas que se enquadrem nos estilos musicais por elas idealizadas.
     Inicialmente, o Via Shows colocou à disposição do público quatro bandas renomadas não somente em Fortaleza, mas em todo o Ceará, como são os casos da Nostalgia (jovem guarda e outros estilos dos anos 60 a 80), Trio Contagiante e Raimundão do Acordeon (forró pé-de-serra), Rubber Soul (cover dos Beatles) e Vibrato (estilos variados), além do Octeto Harmonie (especializado em cerimônias religiosas: casamentos, missas etc).
     Além da capital, o Via Shows terá uma representação também em Sobral, para atender aos clientes de várias cidades da zona norte do estado, graças a uma parceria estabelecida entre Juracy Mendonça e o produtor cultural Adriano Canutto. Quer conhecer esse trabalho mais de perto? Basta ligar para os fones (85) 3243.4779, 8734.5573 e 9954.1017.

            Banda Nostalgia, especializada em jovem guarda e outros estilos dos anos 60 a 80, faz parte do "cast" do Via Shows

(Texto transcrito do JPA de março/2013)

sexta-feira, 1 de março de 2013

NOTA DE FALECIMENTO

     Texto de minha autoria, publicado nas edições de hoje dos jornais O Povo, Diário do Nordeste e O Estado:
     Faleceu ontem, dia 28 de fevereiro de 2013, em Fortaleza, aos 89 anos de idade, o senhor Benedito Barros, veterano da FEB – Força Expedicionária Brasileira, que participou ativamente da Segunda Guerra Mundial.
     Benedito Barros nasceu no dia 10 de janeiro de 1924, na cidade de Lagoa Nova (Paraiba), filho de Maria Luiza da Silva e José Manoel da Silva Pequeno. Era casado com a senhora Maria Hilda Barros e pai de 18 filhos, dentre eles a jornalista e publicitária Lúcia Barros, diretora-presidente do jornal O Regional, de Itapipoca.
     Alem da participação na Segunda Guerra, Benedito Barros prestou relevantes serviços nas cidades de Itapipoca, Amontada e Fortaleza, desempenhando várias funções públicas como agente de Saúde, professor, diretor de escola pública, jornalista, palestrante, líder político, dentre outras, destacando-se também como presidente da ANVFEB – Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira, Secção do Ceará, função que ocupou de 1999 a 2004.
     Seu exemplo de honestidade, lealdade, amor ao próximo, respeito à família e aos valores cristãos resultou nas diversas homenagens que recebeu ao longo da vida, divididas entre placas de bronze, troféus, flâmulas, diplomas e, especialmente, os títulos de Cidadão Amontadense e Cidadão Itapipoquense.
     Benedito Barros faleceu um dia antes de ver realizado um de seus maiores sonhos, no caso o lançamento do livro “O que vi na Guerra”, que escreveu com objetivo de repassar para familiares e amigos as lições de amor ao próximo e à Pátria que adquiriu em várias frentes de batalha.
     A missa de corpo presente e o sepultamento, com honras militares, acontecem hoje (dia 1º de março), às 16 horas, no Cemitério Jardim Metropolitano (Fortaleza).