quarta-feira, 20 de maio de 2009
O inimigo invisível
A água, como todos sabem, é o bem maior da humanidade. Em todos os recantos do mundo, quando há prenúncio de um bom inverno, o homem renova as esperanças de continuar vivendo dignamente, tirando proveito das inúmeras oportunidades de sua utilização. Porém, em Fortaleza, nos últimos anos, a abundância do precioso líquido, somada à ignorância e/ou irresponsabilidade de boa parte da sociedade, está ampliando o raio de atuação de um inimigo comum a todos nós, no caso o mosquito da dengue, resultando numa situação extremamente perigosa para milhares de crianças, jovens e adultos.
A presença inoportuna do mosquito entre nós gera preocupação há muito tempo. A despeito dos esforços empreendidos por órgãos ligados à saúde, nas esferas municipal, estadual e federal, a verdade é que temos sido incompetentes para barrar o avanço da temível doença, principalmente aquela caracterizada como hemorrágica, quase sempre letal. Os governos, ao longo dos anos, têm feito um grande alarde sobre as medidas que estão sendo tomadas para proteger a população, mas, na prática, os recursos disponibilizados são insuficientes para ações de tal porte. Para piorar, ainda encontramos pessoas que simplesmente não demonstram o menor apreço por suas vidas, e muito menos dos parentes e vizinhos, e por isso negam-se a colaborar para evitar a proliferação do mosquito, o que é deverasmente lamentável.
O resultado de tudo isso está aí. A dengue, que já vinha matando brasileiros em pequena escala, agora multiplicou-se quase infinitamente em tamanho. O inimigo invisível está agindo ferozmente em diversos bairros da cidade. Diariamente temos conhecimento de pessoas que procuram hospitais e postos de saúde apresentando sintomas da doença.
O caso é sério e está a exigir a participação de todos nós. Sem exagero, estamos praticamente entrando numa guerra. Cada cidadão deve tomar para si a iniciativa de fazer o que estiver ao seu alcance para combater o tal mosquito. Seja um fiscal da vida. Em casa, na escola, no trabalho ou em qualquer lugar onde esteja, você pode detectar possíveis focos. Se não puder eliminá-los, denuncie na imprensa ou comunique diretamente aos órgãos encarregados da saúde pública. Apesar de parecer frágil, o inimigo é bastante poderoso. E se ficarmos de braços cruzados, cedo ou tarde, ele estará batendo em nossas portas. Aí, infelizmente, pode ser tarde demais para tomarmos outra atitude.
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