segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Para os fãs do Belchior


Belchior, o rapaz latino-americano, que canta a palo seco e tem medo de avião, foi localizado no Uruguai. O “Fantástico” havia mostrado sua fotografia 3x4 num cartaz de procurado. Parece melodrama, alucinação! Será que ele está brincando com a vida, rindo da divina comédia humana, dando um passeio com sua velha roupa colorida, procurando galos, noites e quintais, ou fugindo para cuidar do homem cansado de viver como nossos pais?
Ainda bem que Belchior não reencontrou Elis, pois li num monólogo das grandezas do Brasil que não há nada como viver em um país feliz! Conheço meu lugar, mas estava com medo de receber notícias de terra civilizada. O tempo andou mexendo com a gente, pois na mídia desta terra brasileiramente linda só tem muito é picareta, micareta e créu.
Amigo, tente domar seu coração selvagem, bradar seu lamento marginal bem sucedido, tocando por música sem ser vendido. Pois nas ondas alternativas e paralelas ainda se podem ouvir raramente coisas inteligentes e belas. E volte logo, na hora do almoço, ou depois das seis, para que todos juntos possamos cantar tudo outra vez.
(Texto adaptado por mim a partir da carta de um fã do Belchior, publicada no site do jornal “O Povo”)

domingo, 30 de agosto de 2009

Sobre a intolerância

O mundo está caminhando a passos largos para um cenário onde haverá cada vez menos espaços para a intolerância. Claro que, por mais que a sociedade avance em termos de modernidade, os indivíduos terão sempre o sagrado direito de externar suas preferências políticas, musicais, sexuais etc. Mas aqueles que criticam a tudo e a todos, e ainda mais com agressões pessoais, mais cedo ou mais tarde acabarão sozinhos, sem ter com quem conversar.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Prefeitura reduziu o Parque Araxá pela metade

Muitos moradores estranharam o fato de o jornal “CETV” não ter mostrado alguns lugares históricos do Parque Araxá, nem eventos ali existentes, como o “Araxá Folia” e o “Festival de Quadrilhas do Compadre Rogério”, por exemplo. Mas a culpa por essa falha não é da produção do programa, e sim da Prefeitura Municipal de Fortaleza, que anos atrás, não se sabe com quais critérios, definiu que, oficialmente, a extensão territorial do Parque Araxá é limitada às avenidas Bezerra de Menezes (norte), José Bastos (leste), Jovita Feitosa (sul) e ruas Professor Anacleto e Pedro Ferreira de Assis (oeste). Ou seja, segundo essa determinação, o limite entre o Parque Araxá e o Rodolfo Teófilo é a avenida Jovita Feitosa, e não a rua Porfírio Sampaio, como a maioria esmagadora dos parquearaxaenses imagina.

Se fizermos um rápido passeio pela região vamos constatar que isso significa uma verdadeira agressão à lógica e à história, pois muitas empresas, entidades e eventos que tradicionalmente pertencem ao Parque Araxá estão fora desses limites estabelecidos pela Prefeitura. Podemos começar pela Igreja de Cristo do Parque Araxá, que está instalada há mais de 60 anos na rua Frei Marcelino, quase esquina com rua Tiradentes. A Capela de São José Operário, criada pela Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios para os católicos do Parque Araxá, funciona na esquina das ruas Professor João Bosco e Coronel Nunes de Melo. O Clube Recreativo Tiradentes, conhecido na cidade inteira como uma agremiação pertencente ao Parque Araxá, fica na rua Tiradentes, quase esquina com Bernardo Figueiredo. O Campo do Tigrão, que até hoje sedia jogos de clubes de futebol do Parque Araxá, engloba o quarteirão formado pelas ruas Minervino de Castro, Monsenhor Furtado, Cândido Jucá e Coronel Nunes de Melo. A concentração do “Araxá Folia”, bloco pré-carnavalesco fundado há 10 anos, é na esquina das ruas Frei Marcelino e Padre Cícero. O “Festival de Quadrilhas do Compadre Rogério”, que todos dizem ser do Parque Araxá, é realizado na praça Ari de Sá Cavalcante.

Além disso, empresas como Mercadinho Pantanal, Panificadora Pamil, Restaurante Paulinho do Frango, Colégio Deoclécio Ferro, Colégio Manuelito Azevedo e até a Expresso Timbira (cuja sede fica na esquina das ruas Padre Cícero e Capitão Francisco Pedro) colocam em suas publicidades que estão localizadas no Parque Araxá. Mas, para as autoridades (in)competentes, todas essas referências pertencem ao Rodolfo Teófilo. Por isso, não foram citadas no programa televisivo que homenageou o Parque Araxá. Resumindo: os “gênios” que reduziram nosso bairro ao quadrilátero formado pelas avenidas Bezerra de Menezes, José Bastos, Jovita Feitosa e ruas Professor Anacleto e Pedro Ferreira de Assis podem entender de muita coisa, menos de história.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

“Meu Bairro na TV”

Hoje o Parque Araxá foi destaque no quadro "Meu Bairro na TV", do jornal "CETV", da TV Verdes Mares (Canal 10). Parte do programa foi apresentado ao vivo diretamente da esquina da rua José Sombra com avenida Jovita Feitosa, local onde, segundo os moradores mais antigos, existia uma cacimba com água que curava várias doenças e que motivou o nome do bairro, numa referência à cidade mineira de Araxá, conhecida pela água que faz bem à saúde.
O “CETV” mostrou depoimentos de parquearaxaenses como Luiz Santos, Maria do Carmo Bastos Pio, Diogo Fontenelle e Carmelita Fontenelle. Eu falei sobre as origens do Parque Araxá e o trabalho que desenvolvo há 12 anos em prol do crescimento sócio-cultural e econômico do bairro, como editor do JPA. Foram enfocados também projetos como o Restaurante, que tem à frente o jovem Michel Lins; e o grupo de capoeira Pé no Chão, comandado pelo Mestre Ferrim. A trilha sonora, como não poderia deixar de ser, foi a música “Parque Araxá”, de autoria do professor Rui Vasconcelos e interpretada pelo cantor Marcus Britto.
Outros moradores e transeuntes aproveitaram o espaço para solicitar mais ônibus nas linhas que ligam a Jovita Feitosa a outros pontos da cidade. A vendedora Vládia Lima, que trabalha na Sociedade de Óculos e reside na Vila Pery, afirmou que tem que esperar mais de 15 minutos todos os dias para pegar o ônibus para o terminal de Antônio Bezerra. “Esses ônibus que fazem as linhas Campus do Pici/Unifor e o Jovita Feitosa/Centro demoram bastante, principalmente pela manhã”, afirmou Vládia. Espaços de lazer, escolas mais perto de casa e limpeza da água suja que corre nas calçadas de algumas ruas foram outras reivindicações feitas.
Senti-me feliz em ter contribuído diretamente para que o Parque Araxá fosse mostrado na TV de forma bastante positiva, destacando, acima de tudo, o orgulho de parquearaxaenses que fazem questão de afirmar que residem num dos melhores bairros de Fortaleza.
Obs.
Quem quiser vê o vídeo com minha entrevista basta acessar:
http://tvverdesmares.com.br/cetv1aedicao/cetv-vai-ao-parque-araxa/

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Nosso bairro na TV

Conforme informei pra vocês anteriormente, nesta quinta-feira (dia 27) o Parque Araxá vai ser o destaque do quadro "Meu Bairro na TV", que será apresentado ao meio-dia no jornal "CETV", da TV Verdes Mares (Canal 10). Eu, particularmente, dei minha contribuição falando sobre as origens do Parque Araxá e indicando moradores antigos e lugares históricos do bairro. Parte do jornal vai ser apresentado ao vivo da esquina da rua José Sombra com avenida Jovita Feitosa. E eu, que não podia perder um lance desses, aproveitei para tirar fotos para colocar na próxima edição do JPA.


Projeto Restaurarte, que tem à frente o nosso amigo Michel Lins, será um dos destaques do jornal


Pessoal do grupo Pé no Chão (capoeira) também foi entrevistado

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entrevista com Belchior


A história do desaparecimento do Belchior continua rendendo buxixos pelo país afora. Após a matéria exibida no “Fantástico”, muitas pessoas garantem tê-lo visto ultimamente passeando por várias cidades brasileiras, bem como no Uruguai. Segundo consta, ele está recém-casado com uma mulher linda e muito dominadora e resolveu sumir porque estava sendo perseguido por um ex-produtor, que lhe cobrava milhões de uma dívida que, segundo Belchior, tinha sido forjada pelo dito. Outra versão dá conta que Belchior, auxiliado pela atual esposa, aplicou um golpe em várias pessoas e desviou alguns milhões que havia recebido de diversas fontes para produção de espetáculos dele e de outros artistas.
Enquanto não se sabe da história verdadeira, aproveito para mostrar a vocês a íntegra da entrevista que fiz com Belchior no Hotel Luzeiros, na avenida Beira-Mar (Fortaleza), no dia 27 de agosto de 2007. Na entrevista, que foi publicada dias depois no extinto jornal “Folha do Ceará”, ele falou sobre a carreira artística, os novos projetos e outros babados relacionados à cena musical cearense. Confiram:

CADA VEZ MAIS LATINO-AMERICANO
O cantor e compositor Belchior é, como todos sabem, um dos nomes de proa do movimento musical que se convencionou chamar de “Pessoal do Ceará”, do qual fizeram parte também Fagner, Ednardo e outros artistas conterrâneos que despontaram para o cenário nacional no início da década de 70. Semana passada, quando esteve em Fortaleza para participar do programa “Nomes do Nordeste”, no Centro Cultural Banco do Nordeste, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nos concedeu esta entrevista exclusiva, ocasião em que falou sobre sua trajetória artística, as músicas de sua autoria que marcaram várias gerações, os novos projetos, enfim, um verdadeiro passeio por essa longa estrada de sons e palavras que, segundo ele, o vem deixando cada vez mais latino americano. E engana-se redondamente quem pensa que, por não ter nenhuma música tocando na mídia, Belchior esteja parado. “Pelo contrário. Estou trabalhando mais do que nunca”, diz o sobralense.
JM – O que representou pra você a participação no programa “Nomes do Nordeste”?
Belchior – A certeza de que somos cada vez mais reconhecidos pelo trabalho musical desenvolvido há tanto tempo e que tantos bons frutos geraram para consolidar o Ceará como um verdadeiro pólo cultural, dando continuidade assim ao que havia sido feito antes por artistas talentosos como Lauro Maia, Humberto Teixeira, dentre outros. Durante a entrevista tivemos oportunidade de fazer uma viagem ao túnel do tempo, falando e cantando coisas que remetem à Sobral, Fortaleza, São Paulo, aos primeiros encontros com antigos e novos parceiros, ao movimento estudantil, aos festivais de música… Foi um negócio bacana, principalmente por conta do calor humano que veio da platéia.
JM – Com qual idade você começou a se interessar por música?
Belchior – Desde a infância sempre fui muito influenciado pelo meu pai, que tocava flauta e saxofone, e minha mãe, que cantava em coro de igreja. Além disso, tinha tios poetas e boêmios e ouvia muito rádio, quando os cantores que faziam sucesso eram Ângela Maria, Cauby Peixoto, Nora Ney… Fui cantador de feira e poeta repentista e estudei música coral e piano. Ainda em Sobral fui programador musical de rádio. Em 1962 vim para Fortaleza, onde estudei Filosofia e Humanidades, enveredando depois pela Medicina, curso que abandonei no quarto ano para dedicar-me à carreira artística.
JM – Hoje, com tantos anos de estrada, você sabe quantas músicas carrega na bagagem?
Belchior – Agora você me pegou. Mas acho que são mais de 300 composições gravadas por mim e por intérpretes como Elis Regina, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Gilberto Gil, Ivan Lins, João Bosco, Toquinho, Jair Rodrigues, Vanusa, Wanderléa, Ney Matogrosso, Engenheiros do Hawaii, Los Hermanos, Fagner, Ednardo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Daniela Mercury, Margareth Menezes, Pedro Camargo Mariano, Oswaldo Montenegro, Jessé e Chico Anysio, além da cantora italiana Gigliola Cinquetti, a dupla uruguaia Larbanois & Carrero e o estadunidense Leo Robinson.
JM – E destas, qual a que mais lhe gratifica como cantor e compositor?
Belchior – Cada música tem a sua importância, a sua posição como referência de uma época, de um momento. Para mim, a música fundamental é “Como Nossos Pais”, que virou um dos hinos da nossa geração. Ela resume todo o meu trabalho. Agora, com certeza, a que me identifica mais com o grande público é “Apenas um rapaz latino americano”. Tem outras que são bastante solicitadas nos shows, como “Galos, Noites e Quintais”, “Todo Sujo de Batom”, “Medo de Avião”, “Paralelas” e por aí vai…
JM – O fato de não ter nenhuma música tocando atualmente em rádio e televisão o incomoda?
Belchior – De jeito algum. Estou trabalhando mais do que nunca, fazendo shows, estabelecendo novas parcerias, participando de projetos especiais. Consegui cativar um público que é muito interessado em música construída de forma mais poética, que tem uma linguagem que ultrapassa essa questão da comunicação pura e simples. Que gosta de uma canção que é mais do que uma massagem pura para os ouvidos do que simplesmente uma construção para corações e mentes. Não me vejo fazendo sucesso sem o padrão poético-musical que construí ao longo desses anos. Prefiro manter meu trabalho coerente, sem deformações.
JM – É verdade que, além da música, nos últimos anos você tem desenvolvido atividades relacionadas a artes plásticas?
Belchior – Não me considero um artista plástico. Faço desenhos, pinturas, caricaturas, mas não gosto desse rótulo. E esse interesse vem desde a universidade, do começo do meu trabalho, ilustrei até capas dos meus CDs. Faço isso porque tenho espírito de renascentista, mas não pretendo completar minha música com a minha pintura, nem minha pintura com a minha música.
JM – Para encerrar, gostaríamos que você falasse sobre seus projetos atuais e/ou futuros.
Belchior – Estou preparando um CD de músicas inéditas, feitas com novos parceiros, e uma caixa de DVDs com três volumes que promete ser a grande retrospectiva de minha carreira, sem deixar de acrescentar material musical inédito. Esses novos projetos ainda não têm nome. O DVD será um trabalho mais apurado, que vai demorar a ficar pronto. Estou trabalhando nisso com muito cuidado e carinho. Quero fazer um trabalho de porte cinematográfico e não apenas essa coisa de filmar um show.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Fantástico" aborda sumiço de Belchior


Vocês lembram daquele post que coloquei aqui no dia 14 deste mês, sobre o desaparecimento do Belchior? Pois bem, ontem o assunto foi abordado no programa "Fantástico", da Rede Globo, e imediatamente passou a ser repercutido na internet e hoje é destaque em vários jornais e emissoras de rádio e TV do país inteiro. Para quem não assistiu a matéria do "Fantástico", segue aí um resumo:

“Tem gente que diz que ele está na Holanda, tem gente que diz que ele está em São Paulo”, conta o fã Luiz do Monte.

“Eu procurei alguns empresários que eu sei que trabalhavam com ele. Eles disseram que nunca mais fizeram show com ele, porque não o encontram”, diz o ex-sócio e parceiro Jorge Mello.

São 35 anos de carreira, cerca de 50 discos lançados e uma intensa agenda de shows. Uma obra que é tema até de estudos acadêmicos.

“Em 287 páginas, eu analiso toda a obra do Belchior”, afirma a professora Josy Teixeira, da Universidade Estadual do Ceará.

Canções que ele criou viraram clássicos, gravados por nomes como Elis Regina e também pelas novas gerações.

“As músicas dele era bem avançadas. Nós é que estávamos atrasados, e ele tava sempre na frente”, ressalta o produtor Antônio Mendes Foguete.

De repente amigos, parceiros e a família perguntam: onde está Belchior?

“Para a família, ele está sumido desde 2007, há dois anos”, afirma Leonardo Scatolini, advogado da ex-mulher de Belchior.

Produtor de Belchior durante 15 anos, Jackson Martins diz que chegou a conversar com ele sobre uma mudança de vida: “Ele falou que ia dar uma incerta, que ia mudar a vida dele”.

Em um vídeo, Belchior é flagrado cantando em abril deste ano, em Brasília. Ele apareceu de surpresa em um show de Tom Zé. E o público vibrou.

O também compositor Renato Teixeira não tem notícias de Belchior e estranha a situação. O produtor George Jean, que quer agendar shows para Belchior, também não tem pistas: “Não existe notícia. Diariamente, eu ligo atrás dele”, conta.

O Fantástico procurou Belchior por telefone, sem sucesso. Os números mudaram.

“Quando foi um dia, alguns empresários me ligaram falando que queriam fazer um show do Belchior. Eu disse: ‘Não sei, não tenho idéia’. Falei para ligarem para os telefones, mas ninguém atende. Eu tentei, e realmente ninguém atendia”, revela Jorge Mello, parceiro e ex-sócio do compositor.

Belchior também é pintor. O Fantástico localizou, em São Paulo, o imóvel alugado que ele usava como ateliê. A correspondência se acumula na caixa de correio. Nem sinal do artista.

Descobrimos também o hotel em que ele morou e onde viveu por pouco mais de um ano. Belchior saiu deixando tudo para trás, inclusive um carro Mercedes Benz no estacionamento ao lado.

“Eu convivi com ele de 2006 até 2008, até o dia do sumiço dele, quando nunca mais eu tive notícia. O carro ficou, ele tinha dois veículos”, conta o sócio do estacionamento Miguel dos Santos.

Para aumentar o mistério, em outubro do ano passado, outro carro de Belchior foi abandonado no estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e continua lá até hoje. São quase R$ 18 mil em dívidas. Telegramas enviados pela administração do estacionamento foram devolvidos pelos Correios.

Em Fortaleza, uma das irmãs do compositor, Ângela Belchior, diz que teve um último contato com ele há três anos. “Eu acredito que ele está fazendo um presente maravilhoso pra trazer para todos os fãs”, aposta.

Um primo de Belchior, Ednardo Nunes, que mora em Campinas começa a desvendar o mistério. Logo na primeira pergunta, se Belchior estaria ou não no Brasil, ele diz: “Sendo um artista do mundo, Belchior naturalmente bate perna por aí, porém, a parada dele é realmente São Paulo e Brasil”.

Pai de um casal filhos, separado da mulher, Belchior teria tido problemas familiares?

“Belchior é um homem ligadíssimo à família. É um homem de um coração maravilhoso”, ressalta o primo do compositor.

Belchior estaria descontente com a carreira musical, por não ser tão valorizado quanto mereceria?

“Artistas no nível dele têm um melhor aproveitamento para com a questão dos shows, a questão dos eventos. Então, eu acho que isso faz parte de uma revolução que ele possa querer dar na carreira dele”, aposta.

Por que abandonou o hotel e ateliê?

“É uma questão mesmo que ele mudou o roteiro do cotidiano dele, porém não é abandono”, diz Ednardo Nunes.

O que dizer, então, dos carros e das dívidas?

“Belchior é uma pessoa organizada, com as suas coisas. Então que seja carro, livro, quadro, que seja a própria situação de não estar no palco, isso faz parte provavelmente do projeto dele, do qual nós estamos curiosos para saber”, declara o primo de Belchior.

A dúvida que todo mundo tem: Belchior vai voltar?

“Eu quero acreditar que nós vamos ter uma surpresa muito em breve”.

Por ora, a única pessoa que pode esclarecer tantas dúvidas, o próprio Belchior, dá como resposta o silêncio e o sumiço.

domingo, 23 de agosto de 2009

Parque Araxá na TV

Recebi com muita honra o convite da produção do jornal "TVCE" (antigo "Jornal do Meio-Dia"), da TV Verdes Mares (Canal 10), para falar sobre as origens do Parque Araxá e indicar moradores antigos e lugares históricos do bairro, tudo isso como parte do quadro "Meu Bairro na TV". Quem quiser conferir, a matéria deverá ser exibida na próxima quinta-feira (dia 27), a partir das 12 horas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Olhares gays

Por mais que vocês não acreditem, no auge da juventude, quando cantava na noite e era, digamos assim, mais esbelto, eu atraía a atenção de muitas mulheres, mas também exercia um certo "fascínio" em homossexuais. Foram incontáveis as vezes em que levei cantadas e percebi olhares gays “gulosos” em minha direção. Nos últimos anos, depois que comecei a dobrar o “cabo da boa esperança”, deixei de ser observado pela moçada. Mas ontem à noite eu revivi meus momentos de “glória”.

Ia caminhando pela rua João Sorongo (Rodolfo Teófilo) e, quando cheguei na esquina da avenida José Bastos, avistei dois travestis “fazendo ponto”. Um deles, ao me ver, falou para o outro, todo saltitante:
- Bicha, olha que coroa enxuto!
O outro, rebateu:
- É mesmo. E olha a boca! Parece a boca do Wando...
Passei por eles rindo e pensando: se nunca “peguei corda”, nem quando era mais novo, imagine agora!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Marcas do que ficou

Autor: Juracy Mendonça

Sapato cavalo de aço,
cueca samba-canção
Rintintin, chulipa, cascudo,
bambolê e fivelão
Calça Lee, revestrés, cocota,
gramixel e fonabô
Rabo de burro e mané-mago
são marcas do que ficou

Regatas, Secai, Quitandinha,
buruaca e lorel
Iê-iê-iê, véi babau, centrefor,
brilhantina e cacharrel
Balangotango, buchecha,
radiola e iô-iô
“Mississipi” e “My mistake”
são marcas do que ficou

Bonanza, Popeye, Tele-cath,
Reboco e Maguary
Beco, arrêia, papa-figo,
refresco de murici
Us Top, Menfis Club,
The Beatles e rock and roll
Remã-remã e boca-de-sino
são marcas do que ficou

Espelho e pente Flamengo,
mucunzá e sabacu
Saint-Tropez e Clube Líbano,
brincar de “o jou é tu”
Terra e Mar, Durango Kid,
engana-mamãe (maiô),
Santa Cruz e bola de meia
são marcas do que ficou

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Recado a quem interessar possa

Faço questão de enfatizar, mais uma vez, que vocês, caros(as) leitores(as),também podem participar deste blog, criticando, contestando, sugerindo ou até mesmo elogiando os posts, se for o caso, mas eu me reservo ao direito de eliminar comentários anônimos, com palavras de baixo calão ou ofensas a honra de pessoas, instituições e empresas. Fica combinado assim?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Belchior está desaparecido


O jornalista Nelson Augusto me repassou ontem uma notícia devesrasmente preocupante: o cantor cearense Belchior (foto), um dos ícones da música cearense desde os anos 70, sumiu do mapa, está desaparecido. Segundo consta, Belchior encerrou a carreira. Decidiu não gravar mais ou fazer shows. Há mais de um ano que ninguém da família tem contato com ele. Ninguém sabe nem onde mora, só que parou com tudo. Não se sabe se foi problema de cabeça, se cansou.

A última aparição pública do autor de "Mucuripe", "Paralelas", "Como Nossos Pais", "Apenas um Rapaz Latino Americano" e tantos outros sucessos teria sido em dezembro do ano passado, no "Jornal Nacional", da Rede Globo, durante uma reportagem sobre o MORHAN (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase). Nelson Augusto acrescentou que nesta semana foi procurado pela produção do programa "Fantástico" para falar sobre o misterioso sumiço do cantor. A matéria deve ir ao ar no próximo domingo, inclusive contendo uma entrevista com a radialista e professora Josy Teixeira, autora de uma dissertação de mestrado sobre as letras de Belchior, que acabou virando livro.

Mais detalhes em relação a este assunto podem ser lidos no site Palma Louca (http://www.palmalouca.com/artes/convidado.jsp?id_convidado=600). Vamos torcer para que tudo esteja bem com o nosso amigo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O sucesso do CD

Meninos, a vendagem inicial do CD "As 14 Mais" está superando as minhas expectativas. Como se sabe, antes do lançamento haviam sido vendidas 200 cópias antecipadas para o Colégio Deoclécio Ferro, Mercadinho Pantanal, Panificadora Pamil e Objetiva Publicações Legais. Na festa de lançamento, no Spaço Zen, foram vendidas exatamente 73 cópias. De lá para cá, estamos registrando uma média de 15 cópias vendidas por dia, a maioria com entrega em domicílio. E tudo isso sem divulgação nenhuma na chamada "grande imprensa". Claro que a maioria das pessoas que estão adquirindo é constituída de parentes e amigos meus, notadamente moradores do Parque Araxá e bairros vizinhos. Mas imaginem aí o que aconteceria se eu me submetesse a pagar "jabá" para o CD tocar nas emissoras de rádio da cidade...

domingo, 9 de agosto de 2009

Amizade e bem-querer

Uma noite marcada por momentos de muita amizade e bem-querer! É assim que posso definir o show de lançamento do meu CD "As 14 Mais", ocorrido no sábado passado (dia 8), na casa de shows Spaço Zen, no Parque Araxá. Parentes e amigos, do passado e do presente, alguns deles vindos até de outras cidades, foram prestigiar o evento, fato que me deixou tão emocionado que simplesmente não consegui cantar algumas músicas, sendo amparado luxuosamente pelo meu filho Thiago e os amigos Conrado Dieb, Elialdo Paixão e Lavanessa.


Este e outros flagrantes da festa podem ser vistos no meu álbum de fotos no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx

Detalhe: a partir desta segunda-feira (dia 10), o CD "As 14 Mais" está à venda na Livraria Ponto do Livro, na Rua Bernardo Figueiredo, 110 (Parque Araxá), ao preço de R$ 10,00. Estamos entregando em domicílio em qualquer bairro de Fortaleza, sem cobrança de taxa. Para solicitar seu exemplar, basta ligar para os fones (85) 3243-4779, 9954-1017 ou 8734-5573.

sábado, 8 de agosto de 2009

Um sonho a ser realizado!

Já faz algum tempo que sonho com a oportunidade de ver muitos parentes e amigos meus, do passado e do presente, reunidos num local agradável, comendo, bebendo e cantando comigo grandes clássicos da MPB. Tudo indica que isso vai acontecer hoje à noite, na casa de shows Spaço Zen, por ocasião do lançamento do CD “As 14 Mais”. Infelizmente, alguns desses parentes e amigos não vão poder comparecer, por motivo de viagens, doenças etc. Mas se todos os que estão confirmando presença forem realmente, meu sonho será parcialmente realizado.

E, para quem reside em outros bairros, e ainda não sabe como chegar ao Spaço Zen, aí vai a dica: vindo pela avenida Bezerra de Menezes, no sentido Centro/Antônio Bezerra, é só entrar no primeiro retorno após o trilho da Avenida José Bastos, pegar a primeira rua à direita e ir até à próxima esquina. Vindo pela Bezerra, no sentido Antônio Bezerra/Centro, entra à direita na rua anterior ao trilho da José Bastos e vai até à próxima esquina.

Qualquer dúvida, basta ligar pra mim nos fones 3243-4779, 9954-1017 ou 8734-5573.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Maratona de eventos

Meninos, nestes próximos dias eu estarei me sentindo um verdadeiro “astro” da MPB. E tudo isso por causa do lançamento do CD “As 14 Mais”, que terá quatro momentos distintos no Parque Araxá. Senão vejamos:
* Na sexta-feira, pela manhã, estarei autografando cópias do CD para pais de alunos do Colégio Deoclécio Ferro (Rua Minervino de Castro, 999).
* Sábado, às 21 horas, como vocês já sabem, tem o lançamento oficial na casa de shows Spaço Zen (esquina das ruas Gustavo Sampaio e Padre Graça).
* Domingo, de 9 às 10 horas, estarei autografando cópias do CD para clientes da Panificadora Pamil (Rua Padre Cícero, 750).
* No mesmo dia, de 10 às 11 horas, estarei autografando cópias do CD para clientes do Mercadinho Pantanal (Rua Frei Marcelino, 307).
Vale ressaltar que os CDs do Colégio Deoclécio Ferro, Panificadora Pamil e Mercadinho Pantanal foram adquiridos antecipadamente pelas referidas empresas para serem ofertados como brindes do Dia dos Pais.
Pelo que tô vendo, vou ficar mais famoso do que o Michael Jackson, com a vantagem de que ainda estou vivo!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Circulando

Estes são os tópicos principais deste mês da coluna "Circulando", que assino há 12 anos no JPA:

* Começo a coluna deste mês agradecendo, do fundo do coração, a todos aqueles que envidaram esforços para a gravação e lançamento do CD “As 14 Mais”, especialmente à minha esposa Marinete, os músicos Conrado Dieb, Thiago Mendonça e Lavanessa, o webdesigner Carlos Jr. e os amigos Ângela e Alissandro (Colégio Deoclécio Ferro), Aguiar, Wellington, Fabrícia e Delmira (Mercadinho Pantanal), Tércio, Alan e Luís (Panificadora Pamil) e Hedelita Nogueira (Objetiva Publicações Legais). Valeu mesmo, moçada!
* Um grupo de amigos da lagoa do Porangabussu, que reúne-se todas as quartas-feiras, às 19 horas, na pracinha próximo à esquina das ruas Porfírio Sampaio e Monsenhor Furtado, está lançando o projeto “Pescaria Ecológica”, cujo objetivo é retirar detritos das margens do logradouro. E o melhor de tudo é que a cada dia aumenta o número de voluntários para participar destas e outras ações de preservação e amor à natureza.
* Quem está de volta a Fortaleza, depois de uma boa temporada percorrendo várias cidades brasileiras (com longa estadia em São Paulo), é o nosso amigo Antônio Falcão, um ex-morador do Parque Araxá que trava uma batalha incansável e quase solitária para que a maioria das crianças, jovens e adultos deste país adquira o hábito da leitura. Seu Falcão, que reside agora no Monte Castelo, será um dos destaques da próxima edição do JPA.
* O início de agosto será repleto de bolos, salgadinhos e refrigerantes na Sociedade de Óculos, empresa localizada na avenida Jovita feitosa, 558, por conta dos aniversários do empresário Carlos Colares (dia 3), de sua genitora Rosa Colares (dia 5) e da secretária Vládia (dia 6). Parabéns, amigos!
* No dia 19, quem apaga “velinhas” é o nosso leitor Francisco Eurimá Matias (Mazinho), data que será comemorada junto à sua esposa Ângela Maria, os filhos Elano, Evandro, Cintia e Leandro e outros integrantes do seu círculo de parentes e amigos.
* Outros leitores que trocam de idade neste mês: Dia 2: Adelmar Carlos do Nascimento e Socorro Oliveira de Castro. 3: July Endy César de Lima e Marquez Araújo. 8: Karine de Freitas Vieira. 9: Ingrid Medeiros Monte. 12: Airton Prudêncio Filho e Mateus Normando Bezerra. 17: Ângela Prudêncio e José Edmilson Aragão. 18: Raimundo Nonato de Lima e Thiago Anderson Ferreira. 21: Eliane de Castro Lima. 22: Airton Prudêncio. 25: Francisco das Chagas Oliveira Brito e Lúcia de Fátima Brito Fernandes. 27: Francisca Elba Nery. 28: Alexsandra Souza Catunda e Antônio Prudêncio Neto.
* A partir deste mês, os assinantes do JPA serão surpreendidos com belas mensagens via telefone nas datas dos seus respectivos aniversários, graças a uma saudável parceria que estabelecemos com a empresa Deborah Cestas & Mensagens. É mais uma vantagem que oferecemos aos nossos leitores especiais, como parte das comemorações alusivas aos 12 anos de circulação do jornal que é um verdadeiro “correio da boa notícia”.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

CONVITE ESPECIAL


Caríssimos(as),

Depois de uma batalha de quase quatro meses, tenho a honra de convidar vossas senhorias, bem como seus parentes e amigos, para o show de lançamento do CD “As 14 Mais”, onde interpreto as 14 canções mais bonitas e solicitadas pelo público quando eu era um “cantor da noite”. O evento acontece neste sábado, dia 8 de agosto, às 21 horas, na casa de shows Spaço Zen, na esquina das ruas Gustavo Sampaio e Padre Graça (próximo à Estação do Otávio Bonfim), com participações especiais dos maestros Conrado Dieb e Thiago Mendonça. Entrada gratuita. Ficarei feliz com as suas presenças! Mais informações pelos fones (85) 3243-4779, 9954-1017 e 8734-5573.

sábado, 1 de agosto de 2009

JPA comemora 12 anos de fundação

Começou a circular hoje, dia 1º de agosto, a edição comemorativa dos 12 anos de fundação do JPA. O principal destaque, claro, é a chamada para a festa que vamos realizar no dia 8, na casa de shows Spaço Zen, para comemorar o referido aniversário e lançar o CD “As 14 Mais”, contando com as participações especiais dos maestros Conrado Dieb e Thiago Mendonça.

Tem mais duas piadas inéditas do Zé da Diva; o artigo intitulado “A eclosão da “era digital”, de autoria do poeta, odontólogo e quase sociólogo Diogo Fontenelle; uma matéria sobre a Profiautos, empresa especialista em treinamentos automotivos; a Festa de Santo Afonso (Parquelândia), que vai até o dia 9 de agosto; as novidades da coluna “Circulando” e muito mais.


Um dos destaques da edição de agosto do JPA é o descaso da Prefeitura de Fortaleza, que inaugurou recentemente as obras de reurbanização da lagoa do Porangabussu mas não colocou nenhuma proteção no início do canal que fica na esquina das ruas Porfírio Sampaio e Monsenhor Furtado, bem em frente a uma comunidade onde residem dezenas de crianças e adolescentes que usam o espaço para diversos tipos de brincadeira.