domingo, 20 de março de 2011

Não seria melhor contar com o pouco de muitos?


O Fortaleza é, desde 1967, o único clube do mundo pelo qual eu torço. Alguém pode até achar estranho, mas a verdade é que nem os jogos da Seleção Brasileira me interessam. Para mim, quando o assunto é futebol, acima de tudo está o Leão do Pici!

Por conta dessa paixão única, iniciei o ano de 2011 bastante otimista, achando que a nova diretoria, tendo à frente o jovem Paulo Arthur, iria administrar nosso clube com inteligência e dinamismo, buscando uma maior aproximação com a torcida, seguindo, assim, aquela filosofia implantada pelo jornalista Sílvio Carlos no começo da década passada, que para nós foi vitoriosa e tinha como lema “é melhor contar com o pouco de muitos do que com o muito de poucos”.

Porém, infelizmente, esse otimismo está diminuindo a cada dia, pois estou vendo que a atual diretoria, talvez no desespero para angariar mais recursos financeiros, está agindo de forma errada, cobrando preços absurdos pelos ingressos em determinados jogos, sem levar em consideração as condições financeiras da maioria dos torcedores, além da baixa estima pelo clube estar na terceira divisão do Brasileirão, detalhes que influem significativamente para o não comparecimento.

Vejam o que aconteceu, por exemplo, no jogo contra o Tiradentes, no Estádio Alcides Santos. Em uma quarta-feira de cinzas, e com a torcida ainda amargando a perda do primeiro turno para o maior rival, colocaram os ingressos a R$ 30,00, resultando numa renda ridícula de cerca de R$ 22 mil, com apenas 1.784 pagantes. O mesmo aconteceu no jogo contra o Flamengo, no Castelão, pela Copa do Brasil. Poderíamos ter um público pagante acima de 50 mil, com ingressos a R$ 30,00, resultando em uma renda superior a R$ 1 milhão. Mas o que fez a diretoria? Cresceu os olhos, colocou os ingressos a R$ 50,00 e o público pagante foi de apenas 21 mil, com renda em torno de R$ 600 mil. E o que dizer do jogo de ontem, contra o Ferroviário, num domingo à tarde, sem transmissão direta pela televisão, com ingressos também a R$ 30,00, resultando num público pagante de apenas 3.990 pessoas e renda de R$ 52 mil?

Se fossem inteligentes e dinâmicos, cobrariam mais barato pelos ingressos e, assim, dariam condições para a torcida lotar os estádios e empurrar o time para as vitórias, além de faturar mais grana para contratar jogadores de melhor qualidade para compor o elenco e continuar lutando dignamente pelo primeiro pentacampeonato cearense de verdade. É lamentável que a atual diretoria prefira agir no sentido contrário do que pregava o “papa” Sílvio Carlos e esteja buscando o muito de poucos, ao mesmo tempo em que despreza o pouco de muitos.

Um comentário:

Neuiza Vasconcelos disse...

Boa tarde Sr. Juracy,
Obrigada pela sua participação.
Tb concordo com o sr. em dizer que para mim tb o unico time que me interessa é o FEC, desde cedo
meu pai me ensinou esse amor, essa paixão, sadia por sinal.
A diretoria atual vai continuar na luta por dias melhores, tentaremos consertar erros cometidos, e
principalmente tentar não comete-los mais.
Sua mensagem será enviada ao conhecimento de toda Diretpria Executiva.
Atenciosamente,
Neuiza Vasconcelos
Ouvidora do FEC