“Fico indignado, e até revoltado, com uma coisa dessas. Como é que se ignora esse tipo de acontecimento onde estiveram reunidos alguns dos principais nomes da literatura mundial e nacional, editoras, livrarias e profissionais que compõem as cadeias do livro e da leitura, em uma vasta programação constando de lançamentos de livros, palestras, oficinas, declamações, recitais e saraus que movimentaram o Centro de Convenções durante dez dias?”, questionou seu Falcão. Para ele, os órgãos de comunicação da cidade se limitaram a colocar pequenas notas no noticiário geral. “Os jornais ainda chegaram a reservar alguns espaços maiores em seus cadernos de cultura, mas isso é muito pouco se a gente levar em consideração a importância da leitura para o futuro da nação. Fortaleza possui dois milhões e meio de habitantes, não é? Vejam quantas pessoas compareceram à Bienal. Quarenta mil pessoas? Isso não representa nem 2% dos fortalezenses. Agora, quando se trata de eventos para alienar o povo, a imprensa dá a maior cobertura possível e quase a cidade inteira comparece”, acrescentou.
Seu Falcão concluiu afirmando que as autoridades e os formadores de opinião, do passado e do presente, jamais deram a miníma importância para a verdadeira educação do povo brasileiro, e vivem por aí procurando explicações para a violência urbana que cresce de forma assustadora em todos os recantos do país. Realmente!

Antônio Falcão já percorreu o país inteiro tentando estimular nas pessoas o hábito de ler e escrever