quarta-feira, 16 de maio de 2012

Editorial da próxima edição do JPA

     Nosso querido Benfica foi transformado mais uma vez em cenário de guerra, no domingo passado, por ocasião da decisão do Campeonato Cearense de Futebol, realizada no Estádio Presidente Vargas. Baderneiros travestidos de torcedores do Ceará e do Fortaleza protagonizaram uma série de episódios lamentáveis, deixando um rastro de violência que, infelizmente, foi constatado também em outros pontos da cidade, principalmente nas proximidades dos terminais de ônibus.
      Aí, cabem algumas perguntas: o que as autoridades ditas competentes estão esperando para acabar ou pelo menos minimizar os efeitos deste banditismo? Por qual motivo não se pune cronistas esportivos, dirigentes de clubes, líderes de torcidas organizadas e outros “desportistas” que se utilizam de várias artimanhas para incentivar a violência antes, durante e após os jogos? Até quando os moradores do Benfica e adjacências terão que conviver com tantos dissabores, já que nem mesmo o aparato especial de segurança montado pela Polícia Militar tem conseguido conter a ação desses baderneiros?
     Sabemos perfeitamente que Fortaleza não é a única cidade do mundo que enfrenta tal tipo de selvageria - ela é vivenciada até em países de primeiro mundo. Mas não é por isso que vamos nos acomodar. É dever de cada um de nós, como cidadãos e cidadãs, chamar a atenção do Governo do Estado, Prefeitura, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Ministério Público e da própria Federação Cearense de Futebol para que haja um conjunto de forças no sentido de dar uma basta nisso.
     Precisamos, também, cobrar responsabilidades dos comunicadores, notadamente aqueles que ocupam espaços em rádio, televisão, jornais, revistas, sites, blogs e redes sociais para incitar brigas entre as torcidas. Vamos pedir bom senso aos dirigentes dos clubes, para que controlem suas vaidades, que contenham seus interesses políticos, mostrando-lhes que é possível defender suas cores clubísticas sem precisar trocar desaforos nos microfones da vida.
     Enfim, alguma coisa tem que ser feita para que a paz possa reinar no Benfica também em dias de jogos no “PV” de todos nós.

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