sábado, 11 de junho de 2011

Editorial do JPA deste mês

     A modernidade tecnológica, como se sabe, vem exercendo um papel de extrema importância para facilitar o dia a dia dos seres humanos. Cada vez mais chegam ao mercado carros, computadores, televisores, câmeras fotográficas, aparelhos de telefonia celular e mais uma infinidade de produtos dotados de novidades que podem colocar o mundo ao nosso alcance com um simples toque digital. Porém, infelizmente, somos forçados a reconhecer que todo esse avanço material tem contribuído também para afastar as pessoas umas das outras. Melhor explicando: as tais maquininhas estão nos levando lentamente a uma espécie de individualismo onde quase todos os contatos são feitos através de fios e teclas, em detrimento do calor humano de antigamente.
     A prova cabal do que estamos afirmando pode ser verificada, por exemplo, nos relacionamentos amorosos entre os jovens da atualidade. A história nos mostra que até bem pouco tempo atrás os namorados dedicavam mais tempo a cada etapa de conhecimento, desde o início da conquista, passando pelo namoro propriamente dito, até chegar ao noivado e ao casamento. Agora, a pressa para aproveitar ao máximo cada segundo está fazendo com que várias dessas etapas sejam queimadas, resultando em relações conjugais desastrosas e em filhos desajustados social e psicologicamente. Alguns leitores podem até argumentar que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas a verdade é que a falta de romantismo, flagrante na maioria dos novos casais, é uma das consequências da frieza a que estamos sendo levados pela chamada globalização, onde sentimentos como amor e paixão são considerados fora de moda. Poucos percebem, mas é daí que surge a violência que toma conta das manchetes dos nossos principais veículos de comunicação.
     É neste contexto que gostaríamos de ressaltar a importância do Dia dos Namorados! Dizem que é apenas uma data inventada pelos “marqueteiros” do comércio para alavancar as vendas, assim como o Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças etc. Porém, bem ou mal, o tradicional bombardeio feito pela mídia, sugerindo que homens e mulheres troquem presentes como forma de demonstrar a intensidade do amor que sentem por suas “cara-metades”, soa também como uma trégua para os olhos e ouvidos de quem já está se acostumando com tantas notícias ruins.
     O dia 12 de junho não tem mais o “glamour” de outrora, claro, mas serve como um sinal de esperança de que ainda podemos reverter o quadro que está sendo desenhado pela tecnologia moderna, onde cada ser humano deve perder sua identidade, passando a ser reconhecido apenas por números. Diante do exposto, só nos resta parabenizar a todos aqueles que ainda não se deixaram contagiar completamente pelos novos tempos e nem sentem vergonha em revelar o que sentem pela pessoa amada.


     Feliz Dia dos Namorados!

4 comentários:

Julianna disse...

que lindo. eu tb quero envelhecer com o meu esposo.

JM disse...

E quem foi que disse que eu e Marinete estamos velhos? kkkkkkkk

Nilo Rodrigues disse...

Tem toda razão. Os meus filhos são exemplo disso. Falam mais no computador, celular, etc., com as namoradas, do que pessoalmente.
De quebra, estou devolvendo a fota que ilustra o Editorial com uma pequena melhoria do Photoshop.
Um abraço

JM disse...

Legal, essa foto é simbólica para mim. Ela foi tirada no dia 12 de junho de 1981. E lá se vão 30 anos...