A modernidade tecnológica, como se sabe, vem exercendo um papel de extrema importância para facilitar o dia a dia dos seres humanos. Cada vez mais chegam ao mercado carros, computadores, televisores, câmeras fotográficas, aparelhos de telefonia celular e mais uma infinidade de produtos dotados de novidades que podem colocar o mundo ao nosso alcance com um simples toque digital. Porém, infelizmente, somos forçados a reconhecer que todo esse avanço material tem contribuído também para afastar as pessoas umas das outras. Melhor explicando: as tais maquininhas estão nos levando lentamente a uma espécie de individualismo onde quase todos os contatos são feitos através de fios e teclas, em detrimento do calor humano de antigamente.
A prova cabal do que estamos afirmando pode ser verificada, por exemplo, nos relacionamentos amorosos entre os jovens da atualidade. A história nos mostra que até bem pouco tempo atrás os namorados dedicavam mais tempo a cada etapa de conhecimento, desde o início da conquista, passando pelo namoro propriamente dito, até chegar ao noivado e ao casamento. Agora, a pressa para aproveitar ao máximo cada segundo está fazendo com que várias dessas etapas sejam queimadas, resultando em relações conjugais desastrosas e em filhos desajustados social e psicologicamente. Alguns leitores podem até argumentar que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas a verdade é que a falta de romantismo, flagrante na maioria dos novos casais, é uma das consequências da frieza a que estamos sendo levados pela chamada globalização, onde sentimentos como amor e paixão são considerados fora de moda. Poucos percebem, mas é daí que surge a violência que toma conta das manchetes dos nossos principais veículos de comunicação.
É neste contexto que gostaríamos de ressaltar a importância do Dia dos Namorados! Dizem que é apenas uma data inventada pelos “marqueteiros” do comércio para alavancar as vendas, assim como o Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças etc. Porém, bem ou mal, o tradicional bombardeio feito pela mídia, sugerindo que homens e mulheres troquem presentes como forma de demonstrar a intensidade do amor que sentem por suas “cara-metades”, soa também como uma trégua para os olhos e ouvidos de quem já está se acostumando com tantas notícias ruins.
O dia 12 de junho não tem mais o “glamour” de outrora, claro, mas serve como um sinal de esperança de que ainda podemos reverter o quadro que está sendo desenhado pela tecnologia moderna, onde cada ser humano deve perder sua identidade, passando a ser reconhecido apenas por números. Diante do exposto, só nos resta parabenizar a todos aqueles que ainda não se deixaram contagiar completamente pelos novos tempos e nem sentem vergonha em revelar o que sentem pela pessoa amada.
Feliz Dia dos Namorados!
4 comentários:
que lindo. eu tb quero envelhecer com o meu esposo.
E quem foi que disse que eu e Marinete estamos velhos? kkkkkkkk
Tem toda razão. Os meus filhos são exemplo disso. Falam mais no computador, celular, etc., com as namoradas, do que pessoalmente.
De quebra, estou devolvendo a fota que ilustra o Editorial com uma pequena melhoria do Photoshop.
Um abraço
Legal, essa foto é simbólica para mim. Ela foi tirada no dia 12 de junho de 1981. E lá se vão 30 anos...
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