Até que enfim. Demorou, mas o Congresso Nacional tomou uma iniciativa para corrigir uma das maiores aberrações do sistema político brasileiro, no caso o fim de coligações partidárias para eleições proporcionais (deputados federais, estaduais e vereadores).
Como se sabe, pelo sistema vigente, onde quem dita as regras é um tal de “quociente eleitoral”, muitos candidatos são eleitos com votações bem inferiores a outros que recebem votações expressivas. Isso, além de valorizar partidos de aluguel, mais conhecidos como “nanicos”, ainda desvirtua a intenção de voto dos eleitores. E estimula aquelas candidaturas folclóricas, onde figuras populares, como o palhaço Tiririca, por exemplo, são usadas como “puxadoras” de votos e garantem a eleição de outros candidatos com votação medíocre.
A iniciativa dos senadores e deputados, caso seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff, vai fazer justiça a quem tiver a preferência da maioria do eleitorado, acabando, assim, com essa lógica perversa onde um candidato faz uma campanha longa e árdua com objetivo de conquistar votos e na hora da apuração é obrigado a se submeter a uma verdadeira “loteria” para saber se será eleito ou não.
E nós (a sociedade como um todo) precisamos continuar pressionando as autoridades para acabarem com outras distorções do sistema político brasileiro, entre os quais podemos destacar um dos mais nocivos, que é a influência do poder econômico, onde empresas multimilionárias doam grandes somas em dinheiro para determinadas candidaturas com o claro objetivo de obter facilidades dos governantes e dos parlamentares em caso de vitória. Vamos em frente!
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