Meu jovem e estimado amigo Diogo Fontenelle mandou-me de presente esta poesia, feita em homenagem ao Dia da Criança. Achei tão bonita que resolvi dividi-la com meus amigos e leitores diletos. Deleitem-se:
LAMENTO AO VENTO
Autor: Diogo Fontenelle
Para Miriam Carlos, a mestra que não esqueceu de ser menina.
A Infância passou pelos moinhos de sombras dos meus olhos tristonhos
Em rendilhas e arabescos de luz pelos telhados do antigo casarão...
Eu fui à Espanha buscar o meu chapéu azul e branco de sonhos!...
Era uma vez um menino marujo preso numa bolha dourada de sabão,
Era uma vez um soldadinho de chumbo em marcha pelo caderno escolar,
Era uma vez um pequeno flautista a dançar pelos jardins de abril,
Era uma vez um carrossel de lata a voejar pelo céu anil de Calcutá,
Era uma vez uma doce e distante canção de ninar para um órfão febril,
Era uma vez um circo oriental a tilintar por um domingo em prece,
Era uma vez uma Noite de Natal esquecida num livro de poesia,
Era uma vez uma aventura a escorrer por um folhetim de quermesse,
Era uma vez uma tarde bordada por fios de sol numa praia em sinfonia,
Era uma vez um grão-vizir de Alexandria a velejar um barquinho de papel,
Era uma vez o Pirata dos Tempos que roubou a arca da minha Infância...
Ergueu muralhas de solidão pelos marulhos do meu peito menestrel,
E vestiu-me de gente grande a inundar meu coração com infinita ânsia...
Um comentário:
Querido Juracy,
Obrigadíssimo por tua atenção!
Fico comovido com tua grandeza de coração, tu és realmente um MENINO SEMPRE! Isso vale como um grande elogio a tua pessoa que guarda tanta pureza de coração... Tanta grandeza de alma que cabe somente no coração de um HOMEM/MENINO como você!
Abração pleno de Gratidão,
Postar um comentário