O trabalho dos técnicos da Etufor (Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza), no tocante à criação de novas linhas de ônibus na capital cearense, às vezes pode ser apontado como uma autêntica piada (de mau gosto, por sinal!). Tudo indica que os caras resolveram se especializar em inventar linhas com itinerários praticamente idênticos a outros já existentes, enquanto trechos de várias avenidas importantes, como a Jovita Feitosa, por exemplo, continuam sendo mal servidos.
Como se sabe, no ano passado tivemos os lançamentos das linhas Antônio Bezerra/Siqueira (cujo percurso já é feito pela Grande Circular I e II) e Antônio Bezerra/Lagoa/Parangaba (cujo percurso já é feito pela Paranjana I e II). Agora, no dia 23 de janeiro, para completar a “marmota”, entrou em operação a linha Parquelândia/Parangaba, que passa pelos mesmos logradouros da Francisco Sá/Parangaba.
Vejamos: Ida: avenida Parsifal Barroso, rua México, Humberto Monte, Jovita Feitosa, Lino da Encarnação, César Fontenele, Professor Costa Mendes, Alberto Magno, Barão de Sobral, Almirante Rubim, Germano Franck, Carlos Amora e terminal da Parangaba. Volta: terminal da Parangaba, Eduardo Perdigão, Germano Franck, Almirante Rubim, César Rossas, Professor Gomes de Matos, Samuel Uchôa, Carlos Câmara, Alexandre Baraúna, Machado de Assis, Professor Costa Mendes, César Fontenele, Érico Mota, Jovita Feitosa, Humberto Monte, José de Pontes e Olavo Bilac.
O mais interessante, em meio a tudo isso, é que a Etufor faz questão de ignorar a reivindicação que moradores do Parque Araxá, Parquelândia e Rodolfo Teófilo fazem há mais de 10 anos, no sentido de que seja colocada uma linha de ônibus que possa atender aos usuários que residem, estudam e/ou trabalham nas imediações da avenida Jovita Feitosa, mais precisamente no trecho que vai da José Bastos até a Igreja de Santo Afonso, e pretendem se deslocar para os terminais da Parangaba, Lagoa e Siqueira, e vice-versa. O empresário e líder político Carlos Colares, proprietário da Sociedade de Óculos (avenida Jovita Feitosa, 558), é um exemplo disso. Ele afirma que já organizou até um abaixo-assinado neste sentido, e entregou cópias na Etufor e na Secretaria Executiva Regional III, mas, pelo que parece, a empresa entende que quem reside, estuda e/ou trabalha no referido trecho não precisa se deslocar para os terminais do lado sul da cidade tomando apenas um coletivo.
Por falar nisso, também já enviei diversas correspondências à Etufor, sugerindo alternativas para solucionar esse caso, mas até agora não obtive nenhuma resposta positiva. Por que será, hein?
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