segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Uma noite emblemática


Eu e minha esposa Marinete marcamos presença no Theatro José de Alencar, no sábado passado, onde estava acontecendo o evento intitulado "Manifesta", uma espécie de reedição da "Massafeira" que diversos artistas cearenses realizaram naquele local em 1979. Tive a oportunidade de rever vários amigos amealhados nestes últimos 30 anos de tantos sons e tons, como Calé Alencar, Pingo de Fortaleza, Oswald Barroso, João Batista, Vescêncio Fernandes, Romão Santos, dentre outros, além da gostosa sensação de ver e ouvir o grande Ednardo (foto) cantando a inesquecível "Enquanto engoma a calça", uma das músicas que embalou a juventude dos anos 70.

Saí do TJA meio melancólico. Primeiro ao relembrar que, dos artistas que participaram da "Massafeira", apenas Fagner, Belchior e Ednardo conseguiram alçar vôos mais altos em termos de reconhecimento nacional. Depois, por sentir saudades das calouradas da Unifor, UFC e Uece, que antigamente eram promovidas com shows de artistas desse quilate e hoje também estão dominadas por bandas de forró eletrônico, com seus cantores e cantoras gasguitas, demonstrando, acima de tudo, que a juventude universitária atual não está nem um pouco preocupada com a qualidade das músicas que lhes são empurradas de goela abaixo.

Pra me vingar, passei na Pizzaria Bodega Virtual, ali na pracinha do Jardim América, e fiquei tomando umas geladas com a Marinete, Régis e sua esposa. De repente, apareceu um violão e eu meti o pau a interpretar minhas canções preferidas até altas horas da madrugada. Depois de tudo isso, voltei para casa dizendo: isso é o que pode se chamar de "uma noite emblemática"!

2 comentários:

Izaira disse...

Muito justo, Primo!
Mas, pra tirar dúvida, o Fagner era do Massafeira? 'CHU QUE NÃO, hein?!
Beijos

JM disse...

No LP "Massafeira" tem uma música chamada "Frio da Serra", de Petrúcio Maia/Brandão, gravada pelo Fagner, Ednardo e Marta Lopes. Essa música, inclusive, não entrou no CD que está sendo lançado agora porque a viúva do Petrúcio Maia proibiu. Beijo, prima.