Júlia Jorge será demolido para dar lugar a condomínios residenciais

     O cantor baiano Caetano Veloso disse, no final da década de 70 do século passado, que “a força da grana ergue e destrói coisas belas”.
     Pois foi exatamente a força da grana que destruiu, em 2007, o belo visual que os moradores e transeuntes da Parquelândia viam na esquina das ruas General Piragibe e Azevedo Bolão: meninos e meninas, vestidos em fardas nas corres marron e branca, adentrando nas dependências do Colégio Júlia Jorge.
     O tradicional estabelecimento de ensino, pertencente ao CNEC - Centro Educacional Cenecista, funcionou ali durante 40 anos, sendo responsável pelos estudos iniciais de várias gerações de alunos que hoje se destacam em diferentes segmentos profissionais. Mas foi obrigado a fechar por causa de altíssimas taxas de inadimplência, que em apenas três anos chegou a quase R$ 1 milhão.
     Agora, para completar, neste início de ano recebemos a triste notícia de que o prédio do Júlia Jorge vai ser demolido para dar lugar a um condomínio residencial, a ser construído pela Harmony Empreendimentos Imobiliários, nova proprietária do terreno.
     Neste caso, a força da grana pode até erguer belos apartamentos. Mas, sem dúvida alguma, vai destruir uma parte significativa da história da Parquelândia.
     - Texto a ser publicado no JPA de março (que começa a circular na próxima semana), com informações extraídas do blog do Eliomar de Lima.