domingo, 1 de novembro de 2009

Editorial do JPA de novembro

Pesquisas recentes, feitas em grandes capitais brasileiras, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, revelam um dado interessante: a preferência cada vez maior dos empresários na contratação de funcionários que residem próximo ao futuro local de trabalho. Claro que, na avaliação dos currículos, esse não é o detalhe principal para que o candidato fique com a vaga, pois a capacidade para assumir a função pretendida ainda está acima de tudo. Mas, segundo o levantamento, a proximidade da moradia está sendo levada muito em conta por causa das diversas vantagens para os dois lados da moeda (empresas e empregados),envolvendo salários, alimentação e transporte.

Realmente, analisando bem a questão, elimina-se uma série de barreiras quando um funcionário mora no mesmo bairro onde trabalha. A começar pelo deslocamento, que dispensa a necessidade de dinheiro ou vale-transporte, passando pela possibilidade de almoçar em casa, tudo isso gerando economia para a empresa, que, por sua vez, pode até aproveitar a redução dos custos para pagar um salário mais digno ao referido empregado, ocasionando, assim, condições para que ele possa ter um melhor desempenho em sua função.

Seria interessante, portanto, que as empresas localizadas no triângulo formado pelas avenidas José Bastos, Bezerra de Menezes e Humberto Monte também aderissem à ideia, colocando como uma das prioridades na admissão o fato de o candidato residir no Parque Araxá, Parquelândia e Rodolfo Teófilo ou em bairros adjacentes como Otávio Bonfim, Monte Castelo, São Gerardo, Amadeu Furtado, Bela Vista, Damas e Benfica, onde não haveria gastos com transporte e elimentação.

Agindo de acordo com as pesquisas sulistas, ou seja, fazendo com que a preparação para assumir determinados cargos continue sendo a exigência maior para as contratações, mas levando em conta a economia gerada quando o funcionário habita próximo ao local de trabalho, os empresários também estarão contribuindo diretamente para diminuir o trânsito pelas ruas da cidade inteira.
(Editorial de minha autoria, a ser publicado na edição de novembro do JPA)

Um comentário:

Agenor disse...

Meu caro Juracy,
Excelente editorial. Parabéns.
Estou completamente de acordo com você. Esta prática já é adotada na Europa e EUA há muito tempo.
Claro, existem funções dentro de uma empresa em que este critério não se aplica como fator primordial (cargos de gerência e similares), mas, sem dúvida, é de fundamental importância que a za seja aproveitadmão-de-obra do bairro onde a empresa se localiénsza seja aproveitada ao máximo, até como fator de fortalecimento da economia do bairro.
Mais uma vez, parabéns pela escolha oportuna do tema e pela maneira objetiva como foi abordada.
Abraços,