Hoje eu acordei relembrando um dos momentos inesquecíveis da minha trajetória como cantor da noite. Foi em 1991, mais precisamente no dia 13 de janeiro, e o cenário era o Restaurante Belas Artes, na avenida Bezerra de Menezes. Na platéia estava nada mais, nada menos do que o grande cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo (foto).
Ele havia feito um show no dia anterior, no Centro de Convenções, e ao visitá-lo, no camarim, falei que suas músicas eram bastante solicitadas durante minhas apresentações no Belas Artes. Aí, no dia seguinte, um domingo à noite, Geraldinho apareceu de surpresa no restaurante e ficou sentado numa mesa em frente ao palco, juntamente com a minha esposa Marinete e meus filhos Thiago e Thaís.
Ora, não contei pipocas. Acompanhado por um exímio tecladista, chamado Alexandre Barroso, comecei a cantar "Dia Branco", "Moça Bonita", "Chorando e Cantando", "Táxi Lunar", "Bicho de 7 Cabeças" e outros grandes sucessos dele, que aplaudia discretamente, mostrando-se satisfeito com o que estava ouvindo. Porém, eu, no auge da euforia, caí na besteira de anunciar a presença de Geraldinho no recinto. Pra quê? O coitado não teve mais descanso! Correu todo mundo pra cima, pedindo autógrafos e puxando vários tipos de conversa.
Em dado momento, já meio incomodado, ele chegou pra mim e disse: "Tô indo. Vim aqui para ver você cantar, mas o pessoal não tá deixando..." E foi mesmo! Mas antes deixou uma bela mensagem no meu caderno de músicas, que guardo até hoje com bastante carinho. O texto é o seguinte: "Juracy, valeu e valerá o encontro, a canção, a amizade. E a gente faz tudo isso com carinho. Meu abraço e canção!"
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