Quando eu era pivete, lá pras bandas do Pirambu,
a rua que a gente morava ainda não tinha calçamento (asfalto, então, nem em sonho!). E uma das brincadeiras favoritas da criançada era chamada de “bandeira”
- uma correria meio parecida com o futebol americano que se vê hoje pela
televisão.
Formavam-se duas turmas,
separadas por uma marca no chão, e o objetivo dos jogadores era invadir a área adversária e alcançar um poste lá atrás, pegar uma bandeira ali
localizada, driblar todo mundo e voltar para a sua área.
Como eu era magrinho, conseguia marcar muitos
pontos. Por isso, na hora de formar as equipes, os organizadores ficavam me
puxando pelo braço para um lado e para o outro. E eu no meio dos dois, sem
saber a qual lado deveria dar preferência.
A brincadeira de infância
veio à minha mente nos últimos dias, por conta da proximidade da campanha
eleitoral deste ano. A credibilidade que adquiri no Parque Araxá nesses 15 anos
como editor do JPA está fazendo com que eu seja assediado por vários candidatos a
vereador, alguns deles com propostas inusitadas e outras até irrecusáveis,
objetivando contar com meu apoio nas suas tentativas de ocupar uma cadeira na
Câmara Municipal.
No
tempo da “bandeira” eu ficava indeciso, pois não tinha compromisso com ninguém.
Só queria me divertir. E agora?
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