Modéstia à parte, experimentei pela primeira vez esse tipo de transporte público no ano passado, quando estive em Santiago, a bela capital do Chile.
Mas nesta sexta-feira, pela manhã, resolvi sair da rotina e fui conhecer um pouco da linha sul do metrô de Fortaleza, que está funcionando de maneira provisória, durante os dias úteis da semana, de 8 às 12 horas, sem cobrança de ingressos.
Embarquei na Estação Benfica, ao lado do Shopping Benfica, e fiz o trajeto de ida e volta até a Estação Carlito Benevides, em Pacatuba.
Sinceramente, gostei do que vi. O serviço ainda vai demorar muito a funcionar em toda a sua plenitude, mas quando isso acontecer, nossa cidade dará um passo gigantesco em termos de modernidade no transporte de passageiros.
E, como não poderia deixar de ser, durante a viagem de hoje fiquei prestando atenção no comportamento das pessoas diante da novidade, aludindo à conhecida molecagem cearense:
1) Um rapaz sentado ao meu lado, usando boné e com os braços cheios de tatuagens, pegou o celular, ligou para um amigo e disse:
- Ei, má, tô andando no metrô... É rochedo!
2) Na volta, um velho, que parecia ser irmão ou primo do Zé da Diva, estava impressionado com a voz de mulher anunciando as estações por onde o metrô ia passando. Acho que ele imaginou que era a mesma mulher quem ia dirigindo os vagões, pois quando íamos saindo da estação da Parangaba, ele afirmou:
- Essa muié tá açulerando muito ligêro!
3) Quando o metrô ia entrando no túnel em direção ao Benfica, uma mulher, carregando uma criança no colo, exclamou:
- Vige, agora o bicho entrou debaixo da terra!
Obs. Por falar nisso, a chegada do metrô de Fortaleza ao Benfica é o assunto principal da edição de outubro do JPA, que começa a circular na próxima semana.
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