terça-feira, 8 de julho de 2014

Solidariedade é o que precisamos

                  Por César Filho         
             Presidente do Projeto Bem Fazer

     O que temos na vida senão os sentimentos? E como eles são valorizados nestes tempos modernos?
     Nosso cotidiano se revela ao passo que nos libertamos de certas emoções e preconceitos e o observamos com um olhar menos criterioso, menos dogmático e pragmático.
     Vi-me diante de uma cena solidária numa certa manhã, no Centro de Fortaleza, onde um senhor de meia idade, com a pele escura, curtida pelo sol, e sua bicicleta, tipo cargueiro, transportavam alguns sacos de batatas. Percebia-se que o amontoado de sacos deveria fazer parte do seu labor.
     Aos olhos menores a cena não teria o menor valor se não fosse a abrupta queda de uma das cargas. Tubérculos rolando pelo chão de asfalto e lá vem ele, o sentimento, questionando qual seria a minha reação e disponibilidade para ajudar.
     Não deu tempo. As risadas não existiram diante da cena aparentemente cômica.
     O que se viu foram várias outras pessoas correrem na direção do pobre homem para prestar-lhe solidariedade. Até mesmo um concorrente na venda de batatas, descobri mais tarde, talvez por já ter passado por situação igual, levou até ele um dos baldes que dispunha e, ajoelhado, ajudou a recolher. O fiscal de transporte urbano esqueceu por um momento a gerência dos transportes para socorrer o desconhecido. Tanta dedicação lhe valeu palmas e gritos de alegrias.
     Enfim, de onde vem essa tal solidariedade?
Para Octávio Barduzzi Rodrigues da Costa, “o ser humano tem determinadas características que o perfazem particular frente às outras espécies do planeta. Uma dessas características é sua sociabilidade diferenciada que permite, entre outros fenômenos, demonstrar certo grau de solidariedade entre seus semelhantes, especialmente aos membros que lhe tem elos de proximidade e/ou de parentesco”.
     Nós, do Projeto Bem Fazer, acreditamos que decisões como essa fortalecem a nossa sociedade, nos faz melhor. São pequenas ações, e o nosso cotidiano é cheio delas, que nos aproximam do bem.
Que tal promover a mutação que tantos precisamos a partir do seu dia a dia?
     Mudemos nós, todos. Comecemos sempre nosso dia observando como e de que forma será a nossa contribuição para essa grande mudança.
     Fazendo o bem, espalharemos o amor, a solidariedade.

     (Transcrito do JPA de julho/2014)

Um comentário:

Thannya disse...

Muito lindo!