Sentimo-nos na obrigação de prestar um esclarecimento aos amigos e parceiros que incentivaram e, de uma maneira ou de outra, colaboraram para a implantação do Espaço Cultural da Lagoa, que o JPA manteve até o final do mês de agosto na lagoa do Porangabussu.
O Espaço Cultural foi inaugurado em janeiro deste ano, em parceria com o Projeto Bem Fazer, e tinha o propósito principal de servir como ponto de encontro para momentos de lazer e confraternização entre nossos anunciantes, assinantes, leitores, amigos, enfim, a comunidade em geral, tudo isso em consonância com a linha de conduta do jornal, que desde a primeira edição, lançada no já longínquo ano de 1997, busca promover e divulgar ações e projetos com objetivo de estimular o fazer cultural no Parque Araxá, Parquelândia, Rodolfo Teófilo e bairros vizinhos.
Durante oito meses realizamos diversos eventos musicais, literários e de humor, bem como comemorações de datas festivas como o Dia Internacional da Mulher, Dia das Mães e Dia dos Pais, como parte do projeto “Belas Tardes de Domingo”, contando para isso com a participação voluntária de profissionais de diversos segmentos de atuação e artistas renomados como Raimundão do Acordeon & Trio Contagiante, Thiago Mendonça, Paulo Renato, DJ Cris de Sousa, humorista Netinho de Sousa, poeta Pedro Ernesto e outros.
Porém, a certa altura percebemos que a maioria das pessoas convidadas para os eventos evitava comparecer argumentando a sensação de insegurança que reina atualmente no entorno da lagoa. Claro que essa questão não é exclusividade nossa. A violência urbana, como se sabe, atinge atualmente todos os bairros, dos mais pobres aos mais ricos. Mas não havia como continuar trabalhando nesse clima de constrangimento, remando contra a maré do medo coletivo que tomou conta de toda a população fortalezense.
Então, por esses e outros motivos de menor importância, decidimos encerrar as atividades do Espaço Cultural. Estamos procurando outro local para servir como ponto de referência para quem quiser resolver assuntos relacionados ao jornal: pegar exemplares, folhear nossa coleção completa, colocar anúncios, fazer ou renovar assinaturas, entregar textos e fotos para publicação etc., mas sem a realização de eventos externos, nem venda de bebidas e comidas típicas, como acontecia na casa da lagoa.
Agradecemos mais uma vez, de público, ao César Filho, presidente do Projeto Bem Fazer, pela parceria durante esses oito meses, bem como aos amigos e amigas que nos ajudaram como voluntários e outros que fizeram doações de estantes, mesas, cadeiras, livros, discos etc. Estamos nos esforçando ao máximo para que cada objeto que nos foi doado, principalmente os cerca de 1.300 livros da Biblioteca Antônio Falcão, sejam transferidos para entidades que também trabalham pelo crescimento sócio-cultural da nossa comunidade.
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