domingo, 30 de maio de 2010

Metrô de Fortaleza já começa a ficar visível

Desde quando foi idealizado, ainda na década 1990, à execução da obra, nunca, em sua história, o Metrô de Fortaleza se apresentou de maneira tão visível à população. Neste momento, não há praticamente nada pronto e acabado, mas os canteiros, que se estendem da Estação Chico da Silva, no Centro, à Carlito Benevides, em Pacatuba, já apontam sinais do que está por vir.

Como num jogo de ligar pontos, faltam alguns dos traços que unem cada estação, mas de acordo com a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), mais de 74% das obras civis do Metrô já estão concluídas. Das 20 estações previstas na Linha Sul, apenas três ainda não possuem obras iniciadas. Nas demais, intervenções no solo e estruturas de concreto já estão sendo feitas. No Benfica, a fase já é de acabamento. Até o fim deste ano serão concluídos dois estágios do projeto para o início dos testes com os trens elétricos. E, no próximo ano, são mais duas fases para a conclusão total.

Segundo informações do assessor da presidência do Metrofor, Fernando Mota, o cronograma de entrega das obras tem quatro prazos: até setembro, o trecho que vai da Estação Carlito Benevides (antiga Vila das Flores) até Aracapé deve ser concluído. Em dezembro, a companhia deve entregar a outra parte, que vai de Aracapé a Parangaba. Da estação localizada nesse bairro ao Benfica, a previsão é de término em setembro de 2011. Em dezembro, o trecho subterrâneo que vai do Benfica ao Centro, com conclusão total da Linha Sul.

O presidente da companhia, Rômulo Fortes, revelou que no ano passado, finalmente, eles conseguiram destravar um contrato que estava quieto há mais de quatro anos. “Entre os anos de 2002 e 2006 o andamento da obra esteve parado, e efetivamente só voltamos a trabalhar em 2007. Outra interrupção, que durou 40 dias, ocorreu em 2009”, ressaltou. Fortes refere-se à retenção parcial dos recursos, R$ 65 milhões, por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que afirmou a existência de irregularidades na construção do Metrofor. Durante o tempo em que as obras ficaram paradas, foram gastos, em média, seis milhões de dólares com a manutenção dos canteiros, segurança e monitoramento. Ainda assim, muito material foi perdido, estragado, além de roubos de estruturas de aço.

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