segunda-feira, 31 de maio de 2010
Um pouco de história
Muitos leitores, a título de curiosidade, se perguntam quem é a mulher que dá nome a essa avenida que é uma das mais importantes e movimentadas de Fortaleza.
Jovita Alves Feitosa nasceu em Tauá, interior do Ceará, no dia 8 de março de 1848, e se destacou pela bravura e destemor durante a famosa Guerra do Paraguai. Nesse tempo, com apenas 16 anos, órfã de mãe, residia com um tio em Jaicós, no Piauí, e participava vivamente do clamor criado com o patriótico movimento contra o invasor Francisco Solano Lopez. As notícias vindas do Rio de Janeiro davam conta de que a expedição paraguaia avançava pelo sul de Mato Grosso, e o Imperador Pedro II estimulava o patriotismo entre os homens, com a frase: “O Brasil espera que cada um cumpra com seu dever.“
Jovita mobilizou a cidade e o campo para que fossem lutar pela pátria. Misturava-se com os soldados, desprezando todos os preconceitos da época. Atendendo ao apelo do Imperador, arquitetou um plano: cortando os cabelos e usando um chapéu de couro, se disfarçou em soldado, indo-se apresentar em Teresina, onde se agrupavam os Voluntários da Pátria. Mas o plano foi descoberto. As formas femininas a denunciaram e mulheres curiosas descobriram que as orelhas eram furadas.
Mesmo assim, foi aceita pelo exemplo de tão admirável lição de patriotismo, com a obrigação de usar um saiote sobre a farda. Passados alguns meses, o Ministro da Guerra, Visconde de Cairú, pôs por terra a maior aspiração da jovem, que era ir para a frente de combate. Assim, decepcionada e fortemente amargurada, resolveu morar no Rio de Janeiro, onde faleceu em outubro de 1867, sendo até hoje digna de grandes elogios pelo valor moral de que era possuidora.
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